Segmento de transportes é o mais afetado pelos custos sistêmicos

Em uma recente pesquisa, realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o setor de transporte foi apontado como o mais impactado pelos custos sistêmicos (como tributação, infraestrutura, entre outros) no País. Das 127 organizações ouvidas no levantamento, 11% apontaram o segmento como o mais prejudicado, seguido do de serviços (9%) e energia (8%).

Ainda de acordo com o levantamento, para 29% das empresas, a atual tributação cobrada no Brasil interfere no aumento da produtividade e competitividade das organizações, além da burocracia e legislação trabalhista (14%). Segundo 13% dos entrevistados, o investimento em infraestrutura foi considerado um entrave à competitividade das empresas, bem como o sistema educacional, tanto público como privado (12%). Fatores como sistema bancário e saneamento básico não foram mencionados como problemáticos.

O trabalho revelou que 71% dos entrevistados consideram que, embora não seja um tema novo, o governo não tem se mobilizado para reduzir os custos sistêmicos. Além disso, 70% dos entrevistados apontaram que a ausência de ações planejadas no médio e longo prazos para reduzir os custos interferiu na atratividade do Brasil para investimentos. “Todas essas questões afetam a competitividade do País”, lamenta o superintendente-geral da FNQ, Jairo Martins, que diz que a solução passa por melhores práticas de gestão.