Roubo de cargas é pauta prioritária no Setcesp
O Setcesp realizou ontem a 26ª Sessão do Fórum Paulista do Transporte, evento que contou com a participação de um público de 300 pessoas para debater o roubo de cargas e o crime organizado, seus efeitos para o transporte de cargas e as ações policiais e governamentais para seu combate.
Na parte da manhã, o Fórum debateu a questão de forma abrangente, com a participação de representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, secretarias de Segurança Pública de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Polícia Militar do Estado de São Paulo, Polícia Civil, Deic e representantes do transporte de cargas.
“Nossos associados elegeram o combate ao roubo de cargas como ação prioritária em pesquisa realizada pelo Setcesp com as empresas. Desde então, nossa entidade tem reforçado suas ações no estudo e no debate sobre esta questão, que ainda é um problema muito grave do transporte brasileiro. Somente com a integração das forças de segurança e investimentos pesados em inteligência, comunicação e tecnologia, poderemos vencer esta guerra. Estamos na Era da Informação e precisamos que nossas polícias se conversem, tenham acesso a bancos de dados integrados, pois a informação é a maior matéria-prima do combate ao crime, não a força”, disse o presidente do Setcesp , Francisco Pelucio, na abertura do evento.
O vice-presidente do Setcesp e coordenador Nacional do Combate ao Roubo de Cargas, Roberto Mira, classificou o problema do roubo de cargas como uma “maldição nacional. “Este crime aumentou dos anos 1990 para cá e se mantém perto das 12 mil ocorrências por ano. Nestes 15 anos que trabalho de perto com este assunto, já são mais de 115 mil ocorrências que geraram prejuízos na casa dos R$ 11 bilhões. Tivemos conquistas nesta luta, mas precisamos que haja mais leis que protejam os transportadores deste mal, principalmente na prevenção ao crime e na punição aos receptadores e comerciantes que trabalhem com cargas roubadas. Sem receptador, não existe o roubo de cargas”, disse Roberto Mira.
O evento contou com a participação de representantes das Secretarias de Segurança Pública de diversos estados. O secretário Adjunto de Segurança Pública de São Paulo, Jair Burgui Manzano, participou da mesa de abertura do Fórum e ressaltou a grande ocorrência de roubos de carga na capital paulista. “Para solucionar o problema é preciso integrar todos os representantes dos sistemas de segurança. As quadrilhas não se limitam aos roubadores e é preciso ter um trabalho integrado para flagrar suas operações em diversos âmbitos”, disse o secretário Adjunto, que cumprimentou o SETCESP pela realização do evento.
O coordenador do Procarga, programa da Polícia Civil para o combate ao roubo de cargas, Dr. Waldomiro Milanesi, e o Inspedor Diógenes, da Divisão de Combate ao Crime da Polícia Rodoviária Federal, apresentaram as ações de seus grupos contra o roubo de cargas.
À tarde, o Setcesp realizou, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o II Encontro Interestadual para Ações Integradas de Prevenção e Repressão ao Roubo e Furto de Cargas e Veículos, evento que reúne integrantes das forças de segurança dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais para apresentar seus trabalhos e esforços no combate ao roubo de cargas.
“Graças à excelente interlocução que temos com as forças policiais e de segurança em diversos Estados, pudemos realizar estes dois eventos integrados sobre o roubo de cargas. Nossa entidade está na vanguarda do debate sobre o assunto e contamos com a atuação das polícias para combatermos este grande mal do transporte brasileiro”, disse o presidente Francisco Pelucio.
Ação sustentável
Durante o 26º Fórum Paulista do Transporte, o Setcesp realizou uma ação sustentável, para ajudar na defesa do meio ambiente. A entidade, que faz parte do movimento Participe e Recicle, disponibilizou local para descarte seguro e ambientalmente amigável de pilhas e baterias, lixo eletrônico que pode ser prejudicial ao meio ambiente se descartado de forma errada. A entidade distribuiu aos mais de 300 participantes do evento recipientes para acumular pilhas e baterias usadas e realizar o descarte responsável.
30/5/2012