Porto de Piracicaba terá potencial de 18 milhões de toneladas/ano de carga
O diretor do Departamento Hidroviário (DH) do governo paulista, Casemiro Tércio Carvalho, afirmou que o porto fluvial de Ártemis, em Piracicaba (SP), terá o potencial para transportar até 18 milhões de toneladas de carga por ano. O empreendimento faz parte do pacote de investimentos dos governos estadual e federal para ampliar a eficiência do transporte hidroviário e ferroviário entre o oeste do país e os portos do estado.
O porto está no projeto que inclui uma barragem no Rio Piracicaba, em Santa Maria da Serra (SP), e uma linha férrea até o terminal de Nova Odessa (SP). O empreendimento ampliaria em 45 quilômetros a extensão da hidrovia Tietê-Paraná. O governo projeta a conclusão das obras em três anos.
Os projetos do governo estadual para Piracicaba ainda dependem de aprovações e estão em fase de discussão. A primeira fase das obras, de construção da barragem, ainda depende da obtenção de licenciamentos ambientais para seguir em frente. As declarações de Tércio foram dadas nesta segunda-feira (20) durante seminário sobre logística e instalação de porto e hidrovia em Piracicaba.
Tércio afirmou que o objetivo do governo é investir no modal hidroviário para que no futuro todo o escoamento de soja, milho, cana-de-açúcar e etanol passe pelas hidrovias do estado. "Da fazenda até o porto fluvial o transporte é de caminhão, depois por hidrovia até chegar na ferrovia e ir até Santos. No caso do etanol seria hidrovia e depois dutovia", disse.
O diretor do DH explicou que os ganhos com o desenvolvimento destas formas de transporte são econômicos, pois podem baratear os custos e tornar os preços mais competitivos e reduziriam o tráfego de caminhões nas rodovias.
Para alcançar as metas estabelecidas, será necessário que haja melhorias em ao menos três aspectos da logística. "Para que isso aconteça temos que eliminar nossos gargalos, estamos projetando a redução de 15% no tempo de viagem da carga, 20% dos custos e 7% a mais de carga no transporte entre o oeste do país e o leste (litoral)", completou Tércio.
