Pedágios gaúchos voltam a ser cobrados na quarta

A cobrança da tarifa de pedágio nos polos de Caxias do Sul e de Lajeado será retomada.

A cobrança da tarifa de pedágio nos polos de Caxias do Sul e de Lajeado será retomada na quarta-feira. Desde o fim de maio, as praças estão em fase de transição para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Na semana passada, as praças de Encantado, Cruzeiro do Sul e Boa Vista do Sul (polo de Lajeado) e Flores da Cunha (polo de Caxias do Sul) passaram por um levantamento patrimonial para verificação das condições das rodovias, realizado pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

As praças de São Marcos (polo de Caxias), Vila Cristina, Tamanduá/Picada May e Fazenda Vila Nova (polo de Lajeado), todas localizadas em rodovias federais, ainda não têm previsão de retomada da cobrança de tarifas, já que a responsabilidade das rodovias federais é da União. Já a praça de Farroupilha, na RS-122, foi extinta pelo governo do Estado.

As novas faixas de preço variam de R$ 5,20 a R$ 10,50. A cobrança será reduzida em 26% para os automóveis e em até 30% para os caminhões, dependendo da quantidade de eixos do veículo. A EGR anunciou que vai manter todas as passagens gratuitas cadastradas pelas empresas que comandavam os pedágios – destinadas a usuários que residem nas proximidades das praças – e pretende atualizar o cadastro dos moradores.

A estimativa do governo é de que a EGR arrecade R$ 180 milhões por ano com os pedágios – incluso nesse cálculo os quatro pedágios comunitários que já estavam sob responsabilidade da empresa: Campo Bom, Coxilha e Portão.

O consórcio Univias, do qual participam as empresas Sulvias e Convias – até então administradoras dos polos que passarão para o comando da EGR – já anunciou que vai recorrer da decisão que permitiu ao governo do Estado assumir as praças de pedágio. A empresa estuda formas de obter novamente o controle dos locais até dezembro, data que considera como prazo final para a administração dos pedágios. A Univias também pede na Justiça o ressarcimento de supostos prejuízos financeiros causados pelo descumprimento do contrato pelo Estado.

O Programa Estadual de Concessão Rodoviária (PECR) foi implementado, em 1998, pelo govermador Antônio Britto (na época, PMDB). Tarso Genro (PT) elegeu-seem 2010 com a promessa de não renovar os contratos.