No MA, estradas precárias dificultam o escoamento da safra de soja

Estradas ruins e a falta de armazéns dificultam o escoamento da safra de soja no Maranhão. Com tanto problema, o preço do frete subiu.
 
Os agricultores maranhenses plantaram 600 mil hectares com soja. A safra deve render 1,8 milhão de toneladas, mas o escoamento não é fácil e os produtores reclamam das péssimas condições das estradas.
 
Para transportar a produção, os caminhoneiros enfrentam até 300 quilômetros em estradas de terra para chegar aos armazéns das empresas que negociam a soja no mercado internacional.
 
A velocidade dos caminhões não passa de 20 quilômetros por hora, o que significa perda de tempo e de dinheiro. O caminhoneiro Marcelo Rosa veio de São Paulo para trabalhar na safra de soja no sul do Maranhão e logo na primeira viagem, o caminhão quebrou e ele precisou comprar peças de reposição.
 
As condições das estradas encarecem o preço do frete para os produtores, que precisam entregar a soja no terminal de embarque de grãos da Ferrovia Norte/Sul, em Porto Franco, na região sudoeste do estado. Para percorrer 300 quilômetros, o custo é de R$ 32 por tonelada.
 
Segundo o agricultor Antídio Sandri, que colheu 2 mil hectares de soja este ano e iniciou o plantio da safrinha de milho, a falta de armazéns também faz aumentar a despesa com o escoamento.
 
A Secretaria de Infraestrutura do Maranhão informa que serão asfaltados 700 quilômetros de estradas na região, incluindo o trecho da reportagem. As obras devem começar ainda neste semestre.