Leilão garante mais de R$ 2 bilhões para o setor portuário

O primeiro leilão de arrendamento de áreas portuárias do Brasil garantiu investimentos no setor portuário de mais de R$ 2 bilhões. Desse total, R$ 1,4 bilhão seguirá para os cofres públicos: R$ 430,6 milhões referentes ao valor da outorga a ser pago pelos futuros arrendatários e R$ 1 bilhão de recursos a serem pagos à Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) pelo arrendamento ao longo de 25 anos de cada uma das três áreas leiloadas, no Porto de Santos. Além disso, os arrendatários terão que fazer investimentos de R$ 608 milhões em melhorias na infraestrutura.
 
A primeira área a ser leiloada foi na região de Ponta da Praia, em Santos (SP), que movimentará granéis sólidos de origem vegetal. O vencedor foi o consórcio LDC Brasil, formado pelas tradings Louis Dreyfus e Cargill. O grupo se comprometeu a pagar R$ 303 milhões pelo direito de outorga.
 
Também foi concedido o arrendamento da área na região de Paquetá, que movimentará papel e celulose. A empresa Marimex Despachos Ltda ofertou R$ 12,5 milhões pela outorga.
 
A terceira área oferecida foi na região de Macuco. A empresa com lance vencedor foi a Fíbria Celulose, com lance de R$ 115 milhões.
 
“Viramos uma página importante do PIL (Programa de Investimentos em Logística). Esse é um momento histórico para o Brasil e para o setor portuário, tendo em vista os resultados alcançados. O sucesso deste certame também demonstra o êxito do modelo adotado”, avaliou o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Mario Povia. 
 
Conforme o ministro da SEP (Secretaria dos Portos), Helder Barbalho, na próxima semana, terão início as conversas com representantes do setor portuário para recolher sugestões para a formatação dos editais dos próximos leilões. “Vamos ouvir o mercado. Nossa proposta é lançar os editais em janeiro e realizar os leilões em março de 2016”, disse.
 
Com informações da Antaq