Hidrovia Tietê-Paraná bate recorde de movimentação em 2016

 A Hidrovia Tietê-Paraná, administrada no trecho paulista pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), bateu o recorde  de movimentação de cargas no ano de 2016. Foram transportadas 8,7 milhões de toneladas de produtos em toda a hidrovia, frente a 6,3 milhões de 2013, ano anterior à sua paralisação.
 
O trecho da hidrovia localizado no Estado de São Paulo recebeu 3,2 milhões de toneladas de cargas sendo as mais movimentadas: areia (1.376 milhão ton.), cana-de-açúcar (819.566 ton.), soja (599.671 ton.) e farelo de soja (287.425 ton).  O volume de cargas de 2016 foi alcançado 20 meses após sua interrupção no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava. A suspensão foi decorrente do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira e atingiu as cargas vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que contemplam soja, milho, celulose e madeira.
 
Hidrovia Tietê-Paraná
A Hidrovia Tietê-paraná possui 2.400 km de extensão, sendo 1.600 km no Rio Paraná, administrado pela Aharana (ligado ao Ministério dos Transportes) e 800 km no Estado de São Paulo. Conecta cinco dos maiores estados produtores de grãos: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
 
A Tietê-Paraná integra um grande sistema de transporte multimodal, apresentando-se como alternativa de corredor de exportação – abrangendo os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, uma região de 76 milhões de hectares, onde é gerada quase a metade do produto interno brasileiro, conectando áreas de produção aos portos marítimos, e no sentido do interior, servindo os principais centros do Mercosul.
 
Ao longo de toda a hidrovia estão localizados 26 terminais de responsabilidade do setor privado, sendo que 13 terminais e sete estaleiros estão localizados em São Paulo. Nestes locais são processadas e armazenadas as matérias-primas até sua transferência para outro modal, que pode ser o rodoviário, dutoviário ou ferroviário.
 
As embarcações que navegam pela hidrovia compartilham o mesmo espaço físico das barragens das usinas hidroelétricas, construídas com o conceito de aproveitamento múltiplo das águas: abastecem o Estado de São Paulo de energia ao mesmo tempo possibilitam a navegação, a irrigação de culturas agrícolas, o turismo fluvial, os esportes náuticos e o lazer, entre outras atividades.
Alguns dos principais produtos transportados pela Tietê-Paraná são: milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo.