Governador Alckmin reativa navegação na Hidrovia Tietê-Paraná

O governador Geraldo Alckmin participou nesta quarta-feira, 27, da reativação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava. A hidrovia é gerenciada no trecho paulista pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, e beneficia diretamente os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. Na ocasião, o secretário de Logística e Transportes, Duarte Nogueira, ressaltou que ?com a retomada da navegação teremos condições de recuperar o transporte de milhões de toneladas de cargas, reduzir o prejuízo da interrupção durante esses 20 meses, recuperar no mínimo 1,6 mil empregos e aumentar nossa capacidade de exportação?.
 
O ponto estava interrompido para a passagem de embarcações, desde maio de 2014, em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira. A navegação no trecho foi reativada nesta quarta-feira (27) com o calado de 2,80 metros, estabelecido pelo Departamento Hidroviário a partir da manutenção da cota dos reservatórios definida em 325,94 metros pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão federal responsável pelo setor energético. A retomada da navegação representa a geração de empregos e contribui para a redução de custos das produções, já que esse tipo de transporte apresenta custos operacionais inferiores a outros modais. Além disso, a hidrovia oferece vantagens logísticas ao contribuir para reduzir o tráfego nas estradas.
 
Esforços e ações foram empreendidas pelo Governo do Estado, por meio das Secretarias de Energia e de Logística e Transportes, junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS) para que houvesse o gerenciamento das águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba, possibilitando assim o nível de armazenamento necessário para restabelecer a  navegação. A partir disso, em agosto do ano passado, foram iniciadas as operações para transferência de água dos reservatórios localizados à montante de Três Irmãos e Ilha Solteira. O cenário de chuvas registrado nas últimas semanas também contribuiu para o aumento do dos níveis. Com isso, o Departamento Hidroviário reabriu a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano.
 
A Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país. De 2006 a 2013, a quantidade de cargas cresceu de cerca de 3,9 milhões de toneladas para 6,3 milhões de toneladas. Alguns dos principais produtos transportados são: milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo. Com a reativação da passagem de cargas de longo percurso, a projeção de movimentação na hidrovia, em 2016, é superar o montante de 6,3 milhões de toneladas de cargas registrado em 2013. Para o ano de 2017, a expectativa é de que essa quantidade suba para 7 milhões de toneladas.
 
A suspensão da navegação do trecho, em Buritama, atingiu as cargas de longo percurso vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que compreendem soja, milho, celulose e madeira. No restante do no trecho paulista da hidrovia houve navegação de cana de açúcar e areia. No ano em que o ponto foi interrompido, em maio de 2014, foram movimentados 4,6 milhões de toneladas de cargas. Já em 2015, o movimento registrado foi de 4,5 milhões de toneladas.
 
Sobre a Hidrovia Tietê-Paraná
A hidrovia Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros de extensão, sendo 1.600 quilômetros localizados no Rio Paraná, administrado pela Ahrana – Administração da Hidrovia do Paraná (ligada ao Ministério dos Transportes), e 800 quilômetros no rio Tietê, sob responsabilidade do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo. A hidrovia integra um grande sistema de transporte multimodal, abrangendo os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.  Conecta áreas de produção aos portos marítimos e serve os principais centros do Mercosul.
 
O Departamento Hidroviário executa o Programa de Modernização da Hidrovia Tietê-Paraná, que prevê investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão, conforme convênio assinado entre o Estado e o Governo Federal, em 2011. Deste montante, R$ 900 milhões são provenientes da União e R$ 600 milhões do Tesouro do Estado. O programa tem como objetivo realizar melhorias e modernização no trecho paulista da hidrovia.
Com informação Secretaria de Transporte e Logistica do Estado de São Paulo.