Estradas: fim de gargalos custaria R$ 2,5 bilhões
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) elaborou um relatório com as principais obras de infraestrutura no estado, que podem melhorar a circulação em seis rodovias federais administradas por concessionárias e acabar com gargalos que atrapalham o trânsito. As intervenções, que somam investimentos de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, em alguns casos dependem justamente da aprovação da agência. É o caso do elevado que ligará a Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha — eliminando o congestionamento na Avenida Brasil —, cujo projeto executivo já foi apresentado à ANTT. O órgão, no entanto, ainda não deu resposta à concessionária. A obra poderia evitar engarrafamentos, na chegada ao Rio, como os registrados na manhã de ontem.
Elevado pode ficar pronto para Copa e Olimpíada
No documento, foram citadas mais de 30 obras, algumas que estão em andamento, na BR-116 RJ/SP (Nova Dutra), na BR-101 RJ (Ponte Rio-Niterói), na BR-101 RJ (Autopista Fluminense), na BR-040 MG/RJ (Concer), na BR-116 RJ (CRT) e na BR-393 RJ (Rodovia do Aço). Diretor da Ponte S/A, que administra a Rio-Niterói, João Daniel Marques da Silva diz que o relatório é um sumário de potenciais intervenções, algumas já conhecidas pelos moradores do estado. Em relação à Ponte, além do elevado é citado o mergulhão de Niterói, para eliminar os congestionamento na chegada a Niterói
— O projeto executivo do elevado está em análise e, recebendo a aprovação da ANTT, a obra começa em 90 dias, com prazo de conclusão em um ano e meio. Ela pode ficar pronta antes da Copa e das Olimpíadas. Já entregamos à agência o projeto básico do mergulhão — disse o diretor, acrescentando que as obras estão orçadas em R$ 200 milhões.
A maioria das obras listadas está no Programa de Exploração de Rodovias, apresentado pelas concessionárias à ANTT. Em muitos casos, o orçamento está ultrapassado e, para viabilizar a construção, é necessário recurso público ou nova licitação para a concessão. Se as próprias empresas fizerem a obra, poderá ocorrer aumento de tarifa ou prorrogação da concessão. Para Mauro Viegas, presidente do Conselho de Infraestrutura da Firjan, é fundamental viabilizar estas obras, que além de melhorarem o trânsito resolverão problemas de escoamento de produção de industrial, inclusive na Baixada Fluminense.
— No caso da Rodovia Presidente Dutra, poderia estender por mais cinco anos a concessão, que termina em 2021. Temos o projeto básico de duplicação da Serra das Araras, que ficará pronta para a Olimpíada, se a obra começar este ano. Também estamos ampliando trechos das vias marginais, na Baixada — disse Virgílio André Ramos Leocádio, gestor de atendimento da CCR/Nova Dutra.
3/4/2012