Em SP, estiagem ainda atrapalha o transporte de cargas por hidrovia

Transporte para o escoamento da safra está praticamente inviável. Em Barra Bonita, o nível do rio está cinco vezes menor que o normal.

A estiagem segue atrapalhando o transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná. A partir desta quinta (05), o calado das embarcações, a parte do navio que fica embaixo da água, só poderá ser de, no máximo, 60 centímetros. A medida praticamente inviabiliza o escoamento da safra.
 
Em Barra Bonita, o nível do rio está cinco vezes menor que o normal em alguns trechos.
 
O ponto mais crítico fica entre as usinas de Nova Avanhandava e Três Irmãos, onde o calado foi reduzido para 60 centímetros. Para se ter uma ideia, o calado mínimo exigido para navegação sem comprometimento das operações dos comboios é de 2,3 metros.
 
O engenheiro mecânico José Gheller, responsável pelo transporte de cargas de uma das maiores empresas que operam no Porto de Pederneiras, e que transportava 300 mil toneladas de grãos por mês pela hidrovia, fala sobre o comprometimento do escoamento da produção, o aumento no custo do frete e as demissões do setor. 
 
Em nota, o Departamento Hidroviário de São Paulo informa que estão previstas obras no trecho mais crítico da hidrovia Tietê-Paraná. O processo de licitação deve começar em julho.