Docas traça três cenários para operação de cargas em 2015

Com a instabilidade da economia e as incertezas do comércio internacional, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a administradora do Porto de Santos, resolveu traçar três projeções de movimentação de carga para o próximo ano. Em 2015, de acordo com as estimativas da Autoridade Portuária, a quantidade de mercadorias escoadas poderá variar de 108,5 milhões de toneladas a 117,2 milhões de toneladas. A previsão inicial é de 112,4 milhões de toneladas.
 
Dos cenários traçados pela estatal, um é otimista, o segundo, realista, e o terceiro, pessimista. A ideia surgiu do estudo elaborado em 2009 pelo consórcio The Louis Berger Group e Internave Engenharia. Ele traçou as expectativas de movimentação de carga no Porto de Santos até 2024.
 
Para 2014, o levantamento elaborado em 2009 apontava 91,7 milhões de toneladas sendo movimentadas no cais santista em um cenário pessimista. No cenário otimista, a projeção era para 121,3 milhões de toneladas. Já o cenário base apontava 107,8 milhões de toneladas. Esta é a previsão mais próxima da realidade, já que o ano deve ser encerrado com 110,5 milhões de toneladas movimentadas.
 
“São três cenários e nós olhamos para eles dependendo do momento em que estamos vivendo. Temos uma base, mas como as coisas vão mudando, elas direcionam o nosso olhar durante o ano”, explicou o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luís Cláudio Santana Montenegro.
 
Em 2015, no cenário pessimista, o Porto irá operar 108,5 milhões de toneladas. No realista, o total chegará a 114 milhões de toneladas e no otimista, 117,2 milhões de toneladas.
 
Mas, com base nas atuais projeções da economia e do comércio exterior para o próximo ano, a Codesp estima que 112,4 milhões de toneladas serão operadas no complexo santista. Se isso se concretizar, o volume escoado será apenas 1,7% acima do esperado para 2014.
 
Granéis
 
A Codesp estima que, no próximo exercício, 52,6 milhões de toneladas de granéis sólidos (como açúcar, soja e fertilizantes) sejam movimentadas. Esse total representa um discreto aumento de 1,2% frente as 51,9 milhões de toneladas de grãos que devem ser movimentadas neste ano. Já a operação de líquidos (caso do suco de laranja e de compostos químicos) deverá manter as quantidades atuais, de 14,9 milhões de toneladas.
 
A carga geral deve somar 44,8 milhões de toneladas, 2,8% a mais do queem 2014, que deve registrar a movimentação de 43,6 milhões de toneladas.
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