Até 2016, porto de São Sebastião terá o dobro de capacidade

Após dobrar o faturamento do porto de São Sebastião coma primeira etapa de modernização e ampliação, o governo do Estado de São Paulo se prepara para duplicar sua área útil até o fim de 2016. Para isso, a Secretaria Estadual de Transportes protocolará até o início da próxima semana as explicações solicitadas pelo IBAMA para liberação da licença ambiental prévia. Após 19 meses, a entidade enviou o parecer sobre o projeto apresentado, o que prejudicou o andamento do processo.
 
“Atrapalha por conta da expectativa do projeto,mas nós tivemos a estratégia de tornar o porto competitivo com a área atual. Em 2011, tínhamos 100 mil m² de área útil. Já aumentamos para 280 mil m² e pretendemos terminar o ano com 400 mil m²”, explica Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho, diretor presidente da Companhia Docas de São Sebastião.
 
Desde 2011 já foram investidos R$150 milhões em melhorias, desde a recuperação de guaritas e balanças, iluminação e na construção de novos pátios. Tudo dentro da área já existente e que não precisa de uma nova licença. Por conta disso, o porto que registrava faturamento de R$ 10 milhões passou a registrar R$ 26 milhões em 2012. Famoso por sua utilização no mercado de petróleo e gás, a ampliação do local temo objetivo de diversificar as cargas gerais exportadas, atendendo à indústria local.
 
“A ideia é ser uma revolução na logística do Vale do Paraíba. É um porto regional, que atende à economia de São Paulo, em especial no eixo Dom Pedro-Campinas. Hoje temos dois mil contêineres quinzenais para a Argentina vindos do Vale do Paraíba. Não vale a pena ir até Santos”, destaca.
 
Com a formatação atual, o porto de São Sebastião tem a lotação dos berços em 77%. Coma licença sendo liberada em setembro — prazo esperado — o projeto deve alcançar a marca de 800 mil m² de área útil até 2016, coma construção de dois novos berços e mais um pátio. “Esta ampliação é a fase 1. Depois, conforme for aumentando a demanda de carga,vamos ampliando o porto sobre a lâmina d’água. Ele pode ser feito de forma modular, aumentando os berços e a área de armazenamento de acordo com a necessidade.Não vamos gastar com infraestrutura ociosa”, explica Carvalho, que vê a necessidade de reavaliar os próximos passos a cada cinco anos.
 
No momento, algumas cargas se destacam na movimentação da região. A exportação de veículos da Volkswagen, Fiat, Citroën e Peugeot colaboraram comum recorte este ano. “Em seis meses, o porto movimentou 31.576 toneladas de veículos, superando o desempenho em 11 meses do ano passado, quando exportou 28.788 toneladas.” Outras cargas importantes são o malte e a cevada, e projetos. Exportamos usina de etanol para o Caribe, por exemplo.”, diz. Apesar da importância econômica, o projeto tem gerado alguns protestos de moradores por conta da preservação ambiental.