Anchieta ganha segunda área de escape
Entrou em operação ontem a segunda área de escape na pista Sul – sentido Litoral – da Via Anchieta. O equipamento, localizado no km 49 da rodovia, tem o objetivo de auxiliar na parada de caminhões que perderam o freio durante a descida da serra. Outro dispositivo semelhante está em funcionamento no km 42 desde 2001 e, de 2008 a julho de 2014, foi utilizado 264 vezes.
Na manhã de ontem, a concessionária Ecovias fez o último teste da rampa, que possui caixa preenchida com argila expandida em profundidade de até 1,20 metro, além de 85,4 metros de extensão e cinco metros de largura. Para verificar a eficácia, foi utilizado um caminhão de seis eixos, carregado com 36 toneladas, que trafegava a 74 km/h. O veículo percorreu 40,9 metros no dispositivo de emergência até parar completamente.
O coordenador do plano de redução de acidentes da Ecovias, Ronald Marangon, afirma que a escolha dos locais para instalação das rampas foi feita por apresentarem alto número de acidentes envolvendo problemas na frenagem dos caminhões. “Identificamos nesse trecho final da serra a necessidade de auxiliar os motoristas com uma segunda área de escape.” Ele acrescenta que, frequentemente, a concessionária faz análises para diagnosticar a necessidade de implantação de outros dispositivos, mas que, por enquanto, os redutores de velocidade atendem às exigências da pista.
O motorista Rider Soares, 46 anos, que dirigiu o veículo de teste, aprovou a medida. “A parada é muito suave, não chega nem a dar tranco, pois as pedras absorvem o impacto. Se houver uma emergência, pode entrar lá que é seguro”, garante.
Tecnologia
A área de escape possui sistema de monitoramento interligado ao CCO (Centro de Controle Operacional). Cada vez que o dispositivo é utilizado, é emitido um alerta na central, juntamente com a imagem do veículo que apresentou problemas. Dessa forma, o envio de equipes de resgate é agilizado.
A rampa também possui sistema de drenagem, com objetivo de impedir que cargas líquidas entrem em contato com o solo e contaminem o meio ambiente. O material coletado é armazenado em uma caixa e, posteriormente, retirado por funcionários da empresa.
A construção do dispositivo demorou cerca de sete meses para ser concluída. “Mas antes, foi feito o projeto para identificação do melhor ponto onde poderíamos fazer a instalação”, explica Marangon. As obras demandaram investimento aproximado de R$ 2,5 milhões.