Ecovias entrega anel viário de Cubatão

Foi liberado ontem (1/10) o tráfego no novo anel viário de Cubatão, empreendimento de 2,8 quilômetros que liga as rodovias Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e Padre Manoel da Nóbrega. Apesar de o complexo ficar localizado na Baixada Santista, a previsão é que o dispositivo agilize as viagens ao Litoral pelo SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes). Isso porque o acesso dos caminhões ao Porto de Santos será facilitado, reduzindo os congestionamentos na região.
 
O anel é composto por seis viadutos, que eliminam interferências em nível com o viário já existente. Também foi entregue ontem o alargamento da Cônego Domênico Rangoni, que ganhou terceira faixa, em ambos os sentidos, do entroncamento com a Via Anchieta, no km 270, até o Polo Industrial de Cubatão, no km 262. As obras foram feitas em 22 meses pela concessionária Ecovias. O investimento aplicado foi de R$ 392,6 milhões.
 
O diretor superintendente da Ecovias, Alberto Lodi, explica que o complexo irá eliminar o dispositivo antigo para ligação entre as rodovias, no km 55 da Anchieta. “Era um ponto de estrangulamento que refletia em todo o sistema. Temos que considerar também faixa adicional operacional que foi feita daqui (do trevo entre Anchieta e Cônego) até a Imigrantes. A capacidade de tráfego foi ampliada em 100%.”
 
A diretora-geral da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Karla Bertocco, avalia que a nova estrutura provocará reflexos longe da Baixada. “Melhorando esse nó, vamos dar fluidez a toda a rodovia. Como o dispositivo original é da década de 1940 e os caminhões hoje são gigantescos, eles têm de reduzir tanto a velocidade para fazer as curvas que você chega a sentir cheiro de borracha queimada. Com isso, vão atravancando o trânsito, chegando, muitas vezes, até o planalto.”
 
O secretário estadual de Logística e Transportes, Clodoaldo Pelissioni, afirma que outras obras futuras irão facilitar ainda mais a descida ao Litoral. Uma delas é a readequação do acesso a Santos, antiga demanda local. As intervenções deverão ser feitas por meio de parceria entre a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) – administradora do porto – e a prefeitura santista.