78% das mortes em acidentes de trânsito aconteceram nas rodovias

Levantamento elaborado pela reportagem do Jornal Diário aponta que, das 23 mortes registradas em decorrência de acidentes de trânsito na cidade, 18, ou 78,2% do total, aconteceram nas rodovias e estradas que cortam Marília.
 
De acordo com o estudo, a rodovia mais violenta até aqui é a SP-333, com nove óbitos. No trecho que liga Marília a Assis (Rachid Rayes), sete pessoas morreram, todas na tragédia ocorrida no dia 5 deste mês e provocada por um reboque irregular instalado em uma camionete. Na mesma via, mas no trecho que liga Marília a Júlio Mesquita (Dona Leonor Mendes de Barros), outras duas pessoas perderam a vida.
 
A outra rodovia estadual aparece logo atrás: seis pessoas morreram na SP-294 (Comandante João Ribeiro de Barros). Já na rodovia federal BR-153 (Transbrasiliana), foram duas mortes. A outra fatalidade aconteceu na estrada vicinal que liga Marília ao distrito de Avencas, na zona oeste.
 
Das cinco mortes restantes, duas delas ocorreram em vias da zona sul (Vila Hípica e Jardim Continental), uma na zona oeste (Jardim Eldorado), uma na zona leste (Jardim Tangará) e outra na região central (Barbosa).
 
Mesmo antes de terminar, o mês de abril já é o de maior incidência até aqui, com dez óbitos. Em março, sete pessoas perderam a vida. Nos meses de janeiro e fevereiro, foram registradas três mortes em cada.
 
Ainda segundo o levantamento, os motociclistas são as maiores vítimas desta violência, com dez mortos, e representam aproximadamente 43% do total. Motoristas e passageiros de carros aparecem logo atrás, com nove. Dois pedestres morreram atropelados, um ciclista foi atingido fatalmente por um ônibus e uma criança faleceu após cair de bicicleta.
 
O levantamento também mostra que os homens são as vítimas fatais mais frequentes: dos 23 mortos, 17 eram do sexo masculino e representam nada menos que 74% do total. Sobre as idades, a média das vítimas é pouco mais de 39 anos. O mais jovem é o estudante Paulo Henrique Barbosa, que faleceu aos 9. O mais idoso, Sisenando José de Souza, morreu aos 87. (veja lista completa com todas as vítimas).
 
Mais 
 
Outro estudo feito pelo Jornal Diário evidencia a violência exagerada no trânsito este ano. Enquanto “apenas” nove pessoas haviam morrido até o final de abril do ano passado, em 2012 este número já é 155,5% maior. Mais. Em 2011, o atual número de vítimas fatais de agora – 23 mortes – só foi atingido no início de setembro.
 
Atualmente, a cidade tem média de uma morte a cada cinco dias. Se este índice se manter até o final deste ano, ao todo 75 pessoas terão perdido a vida, quase o mesmo número de 2010 e 2011 juntos, que registraram 40 e 37 óbitos cada, respectivamente.

22/4/2012