União promete acabar com gargalos na Rodovia Cônego Domênico Rangoni
As obras de eliminação dos gargalos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, antiga Piaçaguera, receberão recursos do Governo Federal. Foi o que prometeu a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, durante reunião da qual participaram a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, o diretor do Ciesp-Cubatão Valdir José Caobianco e os vice-diretores Raul Elias Pinto e Valdomiro Roman da Silva, ontem, em São Paulo. O valor que está sendo negociado gira em torno de R$ 250 milhões.
A alça de acesso do viaduto que liga a antiga Piaçaguera à Via Anchieta A eliminação dos gargalos viários de Cubatão é uma reivindicação de mais de uma década das empresas do Polo Industrial. A maioria dos problemas se concentra na antiga Piaçaguera, que constantemente fica congestionada e trava a única ligação seca entre as indústrias, o Planalto e o Porto de Santos.
Em 2011, o governador Geraldo Alckmin anunciou que em março deste ano liberaria R$ 345 milhões para a abertura de mais uma faixa na rodovia e a remodelação da alça de acesso que liga a Piaçaguera à Via Anchieta. Esse trecho, inclusive, é considerado uma aberração viária. Mas, devido à urgência para solucionar esses problemas, a prefeita e os representantes das indústrias decidiram também pedir o apoio do Governo Federal.
Soluções
Eles apresentaram à ministra vários estudos que apontam a saturação da rodovia e as possíveis soluções dos problemas. Conforme um laudo de engenharia elaborado pelo setor especializado do Ministério Público Estadual, existe a necessidade imediata de intervenções viárias na Cônego Domênico Rangoni. O levantamento foi feito a pedido da Promotoria de Cubatão, que instaurou inquérito civil para apurar a precariedade do serviço prestado à população na rodovia.
Segundo a prefeita Marcia Rosa, Ideli entendeu que existe a necessidade de investimentos urgentes na malha viária que corta a Cidade e se comprometeu a articular as providências necessárias para a liberação imediata dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A ministra também colocará a sua equipe em contato com o Governo do Estado para articular a melhor forma de realizar essas obras. “Esse gargalo logístico é um problema que afeta as indústrias, o Porto de Santos, enfim, causa transtornos e prejuízos à toda Baixada Santista e é um problema dos municípios, do Estado e da União”, disse a prefeita após o encontro.
Saturação antiga
O laudo elaborado pelo Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEx) do Ministério Público constatou que, entre setembro de 2009 e agosto de 2010, a Rodovia Cônego Domênico Rangoni acumulou 1.603 horas (quase 67 dias) de trânsito ruim. Esse cenário colocou a via nas categorias E e F da tabela do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que classifica a qualidade do tráfego nas rodovias brasileiras ('A' representa as melhores condições de tráfego e 'F', as piores).
O levantamento foi feito com base nos dados fornecidos pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e pela Ecovias, operadora do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), que engloba a Piaçaguera.
O CAEx concluiu que o trânsito na Piaçaguera está saturado desde 2008. E que, em alguns pontos, o fluxo de veículos atingiu condições abaixo dos padrões classificados como inadequados. O estudo também analisou as condições da alça de acesso que liga a Piaçaguera à Anchieta, no Viaduto Luiz Camargo da Fonseca e Silva, e concluiu que as suas dimensões não são “suficientemente eficazes para dar fluidez ao volume atual de tráfego, prejudicando a segurança do local”.
27/1/2012