ABTLP apoia simulados de acidentes envolvendo produtos perigosos
Simulados permitem avaliação da eficácia dos protocolos de segurança em vigor, além de identificar falhas de comunicação, deficiências de treinamento ou inadequações nos equipamentos
Os acidentes envolvendo produtos perigosos, dependendo de suas características físicas, químicas e toxicológicas, podem causar diversos danos à saúde pública, ao meio ambiente, à segurança da população, ao patrimônio público e ao privado. No Estado de São Paulo, segundo o relatório anual da Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte de Produtos Perigosos, houve um total de 1.012 acidentes e incidentes em 2022, resultando em uma média de 84,33 ocorrências por mês.
Nesse sentido, a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), entidade empresarial que defende os interesses de transportadores e operadores logísticos com atuação no segmento de produtos perigosos, apoia simulados de acidentes com esses tipos de cargas para a conscientização, capacitação e preparo das equipes envolvidas no transporte e manuseio desses materiais.
Eduardo Leal, secretário executivo da ABTLP, explica que a relevância desses simulados reside na oportunidade de praticar e aperfeiçoar as habilidades essenciais para lidar de maneira eficaz em situações de emergência. “Esses simulados oferecem um ambiente controlado para testar os procedimentos de segurança, os protocolos de resposta a emergências e a coordenação entre diversas entidades envolvidas, como equipes de resposta a emergências, resgate, bombeiros, empresas transportadoras e órgãos reguladores.”
Ao participar de simulados realistas, as equipes podem desenvolver confiança, melhorar a capacidade de tomar decisões sob pressão e identificar áreas que necessitam de aprimoramento. Além disso, o executivo explica que os simulados permitem uma avaliação precisa da eficácia dos protocolos de segurança em vigor, além de identificar falhas de comunicação, deficiências de treinamento ou inadequações nos equipamentos.
“Através da análise dos resultados desses exercícios, tanto as empresas quanto as autoridades reguladoras podem ajustar e aprimorar os procedimentos de segurança e emergência. Esse refinamento contínuo fortalece significativamente a capacidade de resposta diante de emergências e, consequentemente, minimiza os riscos associados às operações envolvendo produtos perigosos.”, acrescentou Leal.
Os simulados abrangem uma ampla gama de cenários, incluindo vazamentos químicos, explosões, incêndios, colisões envolvendo veículos que transportam produtos perigosos e resgate de vítimas. Esses simulados são meticulosamente planejados para desafiar as equipes a lidar com situações complexas e estão em constante evolução, capacitando-os a enfrentar diversas emergências que possam surgir durante o transporte de produtos perigosos.
Além da capacitação das equipes, os simulados contribuem para a conscientização e educação pública sobre os perigos e medidas de segurança relacionadas ao segmento. Desse modo, desempenham um papel fundamental, contribuindo para promover uma cultura de segurança e responsabilidade compartilhada entre todos os stakeholders envolvidos no transporte de substâncias perigosas.
Eduardo comenta que, como resultado, tem-se observado uma redução dos incidentes e acidentes com produtos perigosos e uma maior preparação das equipes para lidar com situações de emergência de forma eficaz, contribuindo para a segurança e proteção tanto dos trabalhadores quanto do meio ambiente.
Fonte: Assessoria / Foto: Divulgação/Canva