Economista reforça que ESG é prioridade nas empresas de transportes de cargas
Práticas sustentáveis têm experimentado um crescimento significativo no setor de Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) devido à crescente conscientização ambiental e às demandas por operações mais sustentáveis. No painel da COP-28, que aconteceu em Dubai, promovido pelo Pacto Global da ONU, diversos executivos compartilharam desafios e soluções durante o debate de posicionamento de empresas com compromisso ESG. Segundo estudos da KPMG, 76% das empresas, de diversos setores, tentam incorporar cada vez mais essas práticas em suas estratégias de negócios.
No transporte rodoviário de cargas, responsável por 5,1% do Produto Interno Bruto do Brasil no primeiro trimestre de 2023 e movimentando mais de 65% da produção nacional, o viés ambiental tem ganhado cada vez mais espaço. Dentre as modalidades de transporte terrestre, o rodoviário de carga é o que mais tem participação na emissão de Co2 no Brasil, a outros modais. Esse número gira em torno de 20,5%, o que representa em número relativos a 151.633 gigagramas, segundo Boletim Ambiental do Despoluir, Programa Ambiental do Transporte.
Em contrapartida, o setor tem se engajado mais nas ações preventivas e estratégicas para uma gestão mais sustentável atuando em várias frentes de trabalho. Para Raquel Serini, Economista e Coordenadora do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), avalia que do ponto de vista econômico, as ações sustentáveis podem motivar uma redução considerável nas despesas, alavancando consequentemente os rendimentos das empresas.
Segundo a economista, inicialmente a organização ou entidade pode implantar o ISO 14001, o que auxilia a empresa sustentável a redesenhar seus processos com base nos principais padrões de sustentabilidade.
“Uma empresa bem gerida deve se preocupar com os aspectos ambientais. No setor de transportes, essas práticas geram impactos em várias áreas, como: um aumento médio de 34% a.a na produtividade das operações, redução de 6,3% a.a do turnover, quase 1 milhão de litros por ano de combustíveis economizados, entre outros.”
Raquel Serini, Economista e Coordenadora do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC).
Quando posto em pauta, a sustentabilidade pode ser uma questão confrontadora de empresas hoje em dia, independentemente do seu tamanho ou posição no mercado, elas não só contribuem para a imagem da empresa, mas ajudam no crescimento dos negócios. A economista também dita que diversas iniciativas têm sido adotadas para minimizar o impacto ambiental e melhorar a eficiência energética neste setor, como soluções em torno de boas práticas em gestão ambiental, treinamento de motoristas, realização de manutenção preventiva, inspeção veicular, controle de qualidade do combustível, controle de qualidade do combustível, utilização e destino correto do óleo lubrificante e renovação de frota.
“Além de promover a rentabilidade para os negócios, o consumo consciente de recursos está ligado diretamente a competitividade do mercado, evitando desperdícios para as organizações e para a sociedade como um todo”, finaliza Raquel.
Fonte: Assessoria / Foto: Divulgação