Lira defende que reforma administrativa seja o próximo passo após a tributária

Em São Paulo, presidente da Câmara disse esperar que reforma tributária seja promulgada ainda este ano

Em almoço com empresários nesta segunda-feira (24/7) em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o próximo passo após a reforma tributária seja a reforma administrativa, que seria a última das reformas estruturais. “Sempre faço o desafio: vamos tratar da reforma administrativa, ela está pronta para o plenário, não machuca o direito adquirido pelos servidores e vai dar previsibilidade para a economia”, justificou.

Em coletiva de imprensa, o parlamentar explicou que ainda não há cronograma para apreciação do tema, mas reforçou que seria importante aproveitar o primeiro ano de governo para pautar o assunto.

No encontro promovido pelo grupo Lide em um hotel de luxo na capital paulista, Lira comemorou a aprovação da reforma tributária e disse que espera que o texto seja promulgado ainda neste ano, após análise do Senado. Ele afirmou que confia no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e no relator, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), para conduzir a discussão e modificar pontos que podem ser alterados no texto. “As alterações do Senado que melhorarem o texto serão bem recebidas”, disse o deputado.

Ao longo do almoço, Lira destacou mais de uma vez a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na articulação política para aprovar o texto. Ele ressaltou também a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “A reforma tributária nunca foi aprovada porque o estado de São Paulo sempre foi contra. Sem a coragem do governador Tarcísio, não teríamos feito a reforma”, disse.

Ao falar sobre a pauta futura, Lira afirmou que a regulamentação do mercado de apostas online deve acontecer por meio de um projeto de lei a ser enviado pelo governo. Ele disse que aguarda o texto para colocar o tema em votação. “O Brasil não pode abrir mão de receita de nenhum tipo de jogo”, disse.

Em relação à reforma ministerial, o presidente da Câmara disse que pode ser um facilitador das discussões, mas cabe ao governo e ao presidente Lula discutir a reforma, não a ele ou aos partidos. “O tempo é o do governo, não o do Congresso”, afirmou.

Fonte: Jota / Foto: LIDE/Reprodução