Viracopos inicia implantação de sistema eletrônico para liberar cargas

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), iniciou a implantação de um projeto piloto para tornar eletrônico o processo de gerenciamento de cargas e, com isso, reduzir até 30% o tempo de liberação. Inicialmente, o sistema vai funcionar nas exportações das empresas Lufthansa e DB Shenker nos voos para Frankfurt, na Alemanha.

A implementação do conhecimento aéreo eletrônico é inédita no país, segundo o diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês), Carlos Ebner. “Vai ser uma revolução como a do bilhete eletrônico”, avaliou ele, em referência ao sistema de passagens para voos de passageiros.

Tempo de liberação
Segundo o diretor-presidente de Viracopos, Luiz Alberto Küster, atualmente a liberação de cargas no aeroporto ocorre em cerca de 20 horas. De acordo com ele, o tempo não é ideal e, a exemplo de terminais aéreos no exterior, é possível diminuir para 5 horas a espera para a saída dos carregamentos. Contudo, isso também depende de mudanças na legislação.

Um estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no primeiro semestre deste ano apontou que a liberação de materiais em Viracopos é “lenta”, apesar de ser avaliada como o melhor do país. Atualmente, o terminal de Campinas é o segundo maior de cargas do Brasil, atrás de Guarulhos.

Otimização
Para o gerente da Lufthansa em Viracopos, Ditmar Schoendorf, o tempo de liberação de cargas vai diminuir 10% com o novo sistema, em uma projeção, segundo ele, “realista”. Contudo, na avaliação dele é possível chegar a até 30% de otimização desde que o projeto seja "bem desenvolvido". Segundo Ebner, o conhecimento aérero eletrônico também evita que formulários mal preenchidos travem a saída de carregamentos.

A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos informou que a intenção é, a partir do início de 2014, acrescentar gradualmente novas empresas ao novo sistema de cargas. Ainda de acordo com a administradora do terminal aéreo de Campinas, em meados do ano que vem haverá uma avaliação para implantá-lo para a área de importação.