Venda de veículos cai 10% na 1ª quinzena

Segundo a associação de financeiras do setor, metade dos pedidos de empréstimo de veículos é recusada

A venda de automóveis e comerciais leves em todo o país caiu 10% na primeira quinzena deste mês em relação a igual período de 2011.

Segundo dados divulgados ontem pela Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), foram comercializados 134.222 unidades, ante 149.154 da primeira quinzena de abril de 2011.

A estimativa do setor era comercializar até 136.819 automóveis e comerciais leves no período. Com isso, a queda nas vendas começa a gerar preocupação.

O setor já previa desaceleração, mas não tão forte quanto a que está ocorrendo neste começo de ano.

A produção de automóveis e comerciais leves também está em queda.

Uma das causas pode estar ligada ao controle rígido na concessão de financiamentos para a compra de veículos.

A inadimplência no setor atingiu neste ano seu maior pico (5,2%) desde que começou a ser contabilizada. Por conta disso, os bancos resolveram restringir o crédito para não ter prejuízo.

Metade é recusada – Segundo dados da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), de cada dez pedidos de financiamento para a compra de veículos, cinco são recusados pelos bancos das montadoras por receio de inadimplência.

Os dados fizeram com que o setor cobrasse medidas do governo.

Na comparação com a primeira quinzena de março, as vendas registradas em abril cresceram 0,96%.

Em março, foram 132.943 unidades vendidas no Brasil. A Fiat se mantém como a maior vendedora de veículos do país, seguida por Volkswagen, General Motors e Ford.

Na quinta posição está a Renault, seguida pela Nissan, que teve um salto nas vendas com o benefício de importar a maioria de seus veículos do México sem a cobrança de Imposto de Importação e de Imposto sobre Produtos Industrializados ampliado.

Por causa disso, o governo adotou uma cota no comércio de automóveis vindos do México.
 
19/4/2012