Tecnologia de SC registra excesso de peso enquanto caminhão passa na via

Uma tecnologia desenvolvida em Santa Catarina objetiva agilizar e otimizar a fiscalização do excesso de peso em veículos de carga nas rodovias. Para isso, o equipamento registra se há ou não infração enquanto o caminhão está trafegando na estrada, conforme mostrou reportagem do Jornal Nacional desta segunda-feira (18).
Ultrapassar o limite de carga faz parte da rotina de muitas transportadoras. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina analisou 216 mil notas de diferentes empresas de transporte. O resultado foi que 91% delas indicavam que a carga estava acima do peso. A dificuldade está na fiscalização, já que muitos motoristas fogem das balanças para não serem flagrados.

Como funciona
Pelo novo modelo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o caminhão será pesado na própria rodovia, em velocidade normal. Somente os veículos suspeitos de irregularidade terão que entrar no posto de fiscalização. Se o excesso for confirmado, o motorista recebe a multa em casa, pelos Correios. O condutor que tentar fugir, terá o caminhão fotografado e também vai receber uma punição. Os veículos que estiverem dentro da lei seguem viagem sem precisar parar.
"Com isso, nós vamos garantir a trafegabilidade, a agilidade sem esse gargalo, que seria ter que parar em um posto de pesagem mesmo estando de acordo com as normas, então todo o transportador ganha. Até o fluxo na própria rodovia ganha", afirmou o superintendente do Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes (Dnit) de Santa Catarina, Vissilar Pretto.

Interesse internacional
O projeto foi aprovado e servirá de modelo para implantação de novos postos de pesagem em todo o Brasil. A ideia está chamando a atenção de pesquisadores de outros países.
Com o objetivo de entender melhor como funciona essa tecnologia, 220 técnicos estrangeiros participaram de um seminário sobre o equipamento no início do mês. "O mundo está preocupado e está desenvolvendo novas tecnologias também para controlar o excesso de peso", afirma o engenheiro e pesquisador da UFSC Hélio Goltsman.