Sest Senat realiza ações de combate à violência sexual de crianças e adolescentes

Até quarta-feira (22), as unidades do Sest Senat de todo o país realizarão diversas ações de enfrentamento à violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. A data instituída nacionalmente para chamar atenção para esse crime é o dia 18 de maio. Com o tema “Para que nossas crianças e adolescentes continuem sonhando com tranquilidade, você precisa acordar”, as atividades, realizadas desde a semana passada, têm como objetivos informar e conscientizar a população e ressaltar a importância da denúncia.

Uma das ações propostas é a segunda edição da caminhada. Desta vez, com a inclusão das 146 unidades. No ano passado, o envolvimento superou as expectativas e, para este ano, a meta é alcançar 45 mil participantes. Além disso, as unidades podem desenvolver atividades paralelas como debates com autoridades locais, palestras sobre o tema e brincadeiras com o público infantil.

A unidade de Montes Claros (MG), por exemplo, em parceria com órgãos públicos e privados, empenhou-se em atividades de conscientização sobre o assunto. Na terça-feira, a unidade inaugurou o projeto Vira-Vida, executado pelo Conselho Nacional do SESI, que tem por finalidade contribuir com a rede de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Na programação, houve também panfletagem, seminários e exibição do filme Anjos do sol, dirigido por Rudi Lagemann, drama brasileiro que aborda a questão.

Em Ponta Grossa (PR), a unidade promoveu atividades esportivas e lúdicas para chamar a atenção para o assunto. Crianças e adolescentes também participaram de palestras e debates com ênfase em temas como mudanças físicas e psicológicas, sexualidade, gravidez, drogas e preocupação com estudo, profissão e formação da família. Em sala de aula, os professores trabalharam o assunto durante toda a semana.

Data
A data instituída nacionalmente foi escolhida devido ao caso da menina sequestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, com oito anos. Ela foi violentada e morta por membros de uma tradicional família do Espírito Santo. Eles nunca foram condenados. Assim, a então deputada federal capixaba Rita Camata propôs um projeto de lei estabelecendo o dia da morte de Araceli como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O projeto virou a Lei n° 9.970, sancionada em 17 de maio de 2000 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde então, entidades que atuam em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes e governo promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade dos crimes de violência sexual cometidos contra menores.