Serviços de transporte, armazenagem e correio caem 7,6% em 2016

A retração na demanda decorrente da crise econômica fez os serviços de transporte, armazenagem e correio acumularem queda de 7,6% em 2016, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A redução mais expressiva foi observada no transporte terrestre, de 10,4%. Em seguida, vem o aquaviário, que retraiu 9,5%. Os serviços de armazenagem, auxiliares dos transportes e correio diminuíram 4,9%. O transporte aéreo, por sua vez, expandiu 1,3% no acumulado dos 12 meses.

Conforme o IBGE, a retração dos serviços de transporte foi a maior entre os segmentos analisados. “É importante ressaltar a forte dependência do transporte de cargas (rodoviário, ferroviário e dutoviário) em relação ao setor industrial, maior demandante deste serviço, tanto para o consumo de matérias-primas, como para a distribuição da produção. Dessa forma a recuperação dessa atividade vai depender da recuperação do setor industrial”, diz o instituto.

Os dados estão na PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada no dia 15 de fevereiro. De acordo com a pesquisa, o setor de serviços como um todo caiu 5% no ano passado. A taxa acumulada da receita ficou em -0,1%.

Expectativas do transportador
A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador, estudo da CNT (Confederação Nacional do Transporte) que ouviu empresas transportadoras de cargas e de passageiros de diferentes modais, apontou que, para 57,5% dos entrevistados, o volume de serviços em 2016 foi fraco em razão da crise econômica. Pelo menos 37,4% das empresas do setor reduziram o número de veículos em operação em 2016.

Quanto às expectativas para 2017, o levantamento apontou otimismo moderado por parte dos empresários: 47,7% deles esperam obter receita bruta maior e 48,8% confiam que haverá melhor desempenho da atividade econômica.

Das empresas ouvidas pela Confederação Nacional do Transporte, 58,1% acreditam que o volume de cargas transportadas aumentará neste ano, enquanto para 37% se manterá estável; já no transporte de passageiros, a projeção é de crescimento para 40,4% dos empresários; para 39,7% o volume de passageiros transportados ficará estável, na comparação com 2016.

O levantamento da CNT indica, ainda, que 53,5% dos transportadores aumentaram a confiança na gestão econômica do governo federal.