Santos: dragagem atenderá poucos terminais

A dragagem de aprofundamento do canal de navegação de Santos – em finalização – só servirá para atender a poucos terminais hoje em operação. Isso porque os berços de atracação, que não estão incluídos no programa de aprofundamento, são antigos e terão de ser reforçados antes de serem aprofundados. O presidente da Codesp, Renato Barco, afirma que cada trecho do cais do porto será redimensionado caso a caso, conforme a necessidade da carga que ali opera. Há navios que não necessitam utilizar o calado máximo, por exemplo.
 
Apenas dois dos 51 berços de atracação foram dimensionados para 15 metros, conforme relação obtida pelo Valor. São eles o Tecon 3 e o Valongo, operados respectivamente pela Santos Brasil e Tecondi. Os demais têm profundidades de projeto que variam de 7,30 metros a 14,20 metros. Terão de passar por obras de reforço para serem, depois, aprofundados. Já os dois novos terminais que entram em operação em 2013, BTP e Embraport, estão projetados para mais de 15 metros, podendo se beneficiar da dragagem.
 
"No passado, quando esses berços foram feitos, o porto tinha outro status, hoje mudou. Temos de correr atrás do prejuízo", diz Barco. Já a fonte do investimento dependerá da natureza do berço. Alguns integram o arrendamento da área onde o terminal foi feito, outros não. A obra neste último caso será licitada pela Codesp.
 
Uma dessas obras deve começar nos próximos dias. O cais entre os armazéns 23 e 29, na região de Outeirinhos, será realinhado e aprofundado para 15 metros. A obra está dentro do PAC Copa, já que a região recebe os transatlânticos de cruzeiro, que servirão de hotéis flutuantes durante a Copa – Santos é subsede do evento. Mas fora da temporada, atenderá carga.