Reajuste de pedágios no dia 1º está indefinido, diz governo Alckmin

Pelos contratos, o aumento deve ser aplicado no dia 1º de julho.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou ontem à tarde que ainda não há uma definição sobre o reajuste dos valores dos pedágios cobrados nas rodovias privatizadas do Estado de São Paulo.

Pelos contratos, o aumento deve ser aplicado no dia 1º de julho, mas o governo afirma que continua negociando com as concessionárias se haverá ou não reajuste.

Caso seja aplicado o IPCA ou o IGP-M de junho do ano passado a maio deste ano, o aumento deve girar em torno de 6%, já que os dois índices acumulados chegaram, no máximo, a 6,5% – -caso do IPCA.

Durante uma semana, a Artesp (agência que regula os transportes no Estado) se negou à informar à Folha se os reajustes seriam aplicados. A agência afirmou apenas que nada tinha a dizer "neste momento".

A assessoria de imprensa do governador Alckmin afirmou ontem que estão sendo feitas reuniões entre a agência e as concessionárias para discutir o possível aumento, que ocorreria em um momento de manifestações contra a alta de tarifas no país.

Em abril, Alckmin já havia confirmado informação de reportagem da Folha de que o governo está conversando com as concessionárias.
À época, ele disse que alterações nos preços integram a próxima etapa de mudanças nas estradas de São Paulo, após a adoção da cobrança por quilômetro rodado.

A proposta é chegar a uma fórmula que permita até mesmo reduzir o valor dos pedágios, alvo de crítica constante dos usuários de rodovias paulistas.

O governo chegou a fechar um acordo com as principais concessionárias sobre a necessidade de diminuir os preços, mas nada foi colocado no papel até hoje.
Agora, segundo a Folha apurou, a série de protestos no país deve provocar ao menos um adiamento do reajuste, pois não há ambiente político para subir os preços. Além disso, existe temor de que ocorram atos de vandalismo nas praças de cobrança de pedágio.