Quatro mil quilômetros de problemas

O oeste baiano tem mais de 4 mil quilômetros de estradas vicinais. A maior parte desta malha, que é o caminho inicial da maior parte da produção agrícola da região, está em péssimas condições, o que amplia ainda mais os já elevados custos de frete ao produtor.
 
Recentemente, representantes da AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia) procuraram o governo da Bahia para alertar para as dificuldades de escoamento da safra. A previsão é que sejam colhidos um total de  3,4 milhões de toneladas de soja e 1,2 milhão de toneladas de algodão.
 
"Toda esta produção deverá percorrer centenas de quilômetros de estradas, algumas em péssimo estado de conservação, principalmente as vicinais, até chegar aos portos", disse a entidade, em nota.
 
Enquanto aguardam a ação governamental, alguns produtores têm arregaçado as mangas para enfrentar a situação por conta própria. Foi o que fizeram os 26 produtores de Luis Eduardo Magalhães, que nos últimos 3 anos gastaram mais de R$ 600 mil para abrir e recuperar 52 quilômetros de uma estrada de terra que liga as BRs 020 e 242.
 
"Se fôssemos esperar o Poder Público, ficaríamos ilhados. O problema é que nossa estrada ficou tão boa que as carretas estão cortando caminho entre as BRs por aqui, o que aumenta as nossas despesas com manutenção", explica o produtor Aristeu Pellenz.