Prefeituras do litoral querem ecopátio para parada de caminhões

A construção de um pátio para o estacionamento de caminhões em São Paulo é uma alternativa rápida e financeiramente viável que poderia, a curto prazo, ampliar a capacidade do escoamento do Porto de Santos e reduzir o custo logístico para as empresas que utilizam o serviço. Esta foi a proposta defendida por integrantes dos governos dos principais municípios do litoral paulista, que também acreditam na reforma das vias de acesso à região portuária.
 
Segundo eles, ainda é muito cedo para arriscar previsões sobre os reflexos no cotidiano das cidades que trará a Lei dos Portos, sancionada no início deste mês pela presidente Dilma Rousseff, com alguns vetos.
 
Somente a construção do pátio em São Paulo, segundo o secretário municipal de desenvolvimento econômico e portuário do Guarujá, Adilson Luiz de Jesus, seria capaz de aliviar em pelo menos 50% a espera para descarga no Porto de Santos.
 
"É muito mais prático e seguro que os caminhões tenham um lugar para aguardar no planalto, e que desçam a serra apenas com a autorização da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que tem o controle da situação no porto", afirmou o secretário.
 
"Além disso, é mais seguro para o caminhoneiro, que poderá descansar com segurança com o caminhão no pátio", complementou, destacando ainda a necessidade da intensificação da fiscalização pela Codesp sobre os agendamentos de carga e descarga pelas empresas que operam no porto.
 
Ele conta com a conclusão da segunda etapa da avenida Perimetral, que dá acesso à região portuária, ainda no início deste segundo semestre. "Estamos melhorando o acesso pela rua do adubo, em uma parceria dos terminais com a prefeitura, para tentar reduzir os impactos nas rodovias litorâneas."

A prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, bastante criticada ao adotar recentemente uma medida que restringiu o horário de funcionamento do ecopátio, para tentar melhorar a fluidez dentro do município, gerando filas de mais de 50 quilômetros no sistema Anchieta-Imigrantes, classificou a medida como "extrema" e disse esperar que não seja necessária. "Também contamos com o fim das obras de duplicação da Rodovia Cônego Domênico Rangoni e do viaduto Rubens Paiva para melhorar a fluidez". Não há prazo para que as obras sejam entregues.