Pesquisa aponta trechos mais perigosos no trânsito de Rio Preto

Avenida Ernesto Vetorasso com a Rua Santa Paula é ponto mais perigoso. Nos seis primeiros meses desse ano foram registrados 1.900 acidentes.

Os congestionamentos são um teste para a paciência de muitos motoristas em São José do Rio Preto (SP). Por um lado, falta engenharia de trânsito, por outro, é a consciência de quem dirige que deixa a desejar. As consequências disso são mortes por causa dos acidentes.

Mas não são apenas os congestionamentos que preocupam as autoridades. O trânsito de Rio Preto têm se tornado cada vez mais violento. Segundo um levantamento feito por uma associação, nos seis primeiros meses desse ano foram registrados cerca de 1.900 acidentes.

O cruzamento entre a Avenida Ernesto Vetorasso e Rua Santa Paula, na região norte, é considerado o mais perigoso de todos, totalizando 10 ocorrências neste ano. O ranking apontou em segundo lugar: a esquina da Avenida Bady Bassitt com a Prudente de Moraes, onde ocorreram nove acidentes e em seguida, o cruzamento da Avenida Antonio Marcos de Oliveira com a Rua Manoel Moreno, com oito acidentes. A pesquisa é da Apatru (Associação Preventiva de Acidentes e Assistência às Vítimas de Trânsito).

Logo no começo do dia, trânsito complicado nas vias de acesso que ligam a região norte ao centro da cidade. Congestionamento nas principais avenidas e muita confusão nas rotatórias. Um ponto, na Avenida Ernesto Vetorasso, é considerado um dos mais críticos de Rio Preto.

Solucionar o problema é um dos desafios para o secretário de Trânsito, Aparecido Capello, que reassumiu o cargo na semana passada, depois de coordenar a pasta entre 2009 e 2012. Segundo ele, estão previstas obras, que devem trazer um pouco mais de tranquilidade ao motorista. “Estão previstas pequenas e médias obras, como sinalização, mudança de ‘pares’, colocar semáforo, colocar rotatória”, afirma o secretário.

Rio Preto possui 410 mil moradores, é uma das cidades com a maior concentração de veículos por habitante do país. A frota já chega a quase 330 mil. O Ministério das Cidades determinou que até 2015 municípios desse porte estabeleçam um Plano de Mobilidade Urbana. Em Rio Preto, o projeto ainda não saiu do papel, o secretário diz que várias mudanças estão sendo estudadas. “Estamos elaborando a reforma do terminal central, construção de outro terminal, de miniterminais nos bairros e corredores de ônibus”, diz.

A gerente de vendas Elizabeth de Jesus é uma das vítimas do trânsito em Rio Preto. Ela teve que amputar a perna, depois de sofrer um acidente. Estava de moto, quando foi atingida por um caminhão, ao fazer a curva para entrar na Avenida Potirendaba. Para ela, não é só a prefeitura que precisa assumir responsabilidades, as ruas de Rio Preto só ficarão mais seguras, quando o motorista fizer a parte dele. “É importante ter mais consciência no trânsito, onde pode e não pode ultrapassar, por exemplo. O motorista tem de fazer parte disso, porque é um segundo que você não pensa e pode mudar sua vida para sempre”, afirma.

Para tentar melhorar o trânsito, o comandante da guarda municipal, coronel João Roque Borges de Souza, vai verificar se a ação da guarda será suficiente para solucionar os congestionamentos no local. Se necessário, uma equipe de agentes será destacada para atuar na rotatória nos horários de pico. A prefeitura informou ainda que já está em fase final a licitação para construção do viaduto de acesso à região norte.