Para empresários, infraestrutura no País está piorando

De 2009 para cá, o governo federal investiu quase R$ 140 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como o PAC foi, há até pouco tempo, a grande opção para tocar obras que podem destravar a logística nacional, a expectativa era que tal volume de recursos, se não sanasse, ao menos aliviasse os entraves para o transporte de carga. Na prática, porém, não foi o que ocorreu.

Segundo pesquisa do Instituto Ilos, consultoria especializada em logística, que ouviu 300 executivos da área de transporte das maiores empresas do País, a percepção piorou. A pesquisa é realizada desde 2009, a cada dois anos, e os executivos atribuem notas às condições da logística, em um intervalo que vai de zero a 10.

Em 2009, a nota foi regular: 5,2. Na versão de 2011 caiu para 5. Neste ano, desceu mais um pouco e foi para 4,8. "Nesse patamar podemos dizer que a nota indica que as condições da logística no Brasil são consideradas medíocres", diz o presidente do Ilos, Paulo Fleury.

O resultado não significa que haja novos buracos nas estradas ou que os dormentes dos trilhos estejam mais bambos que antes.