Para atingir meta, venda de carro tem de crescer 6%

As associações de fabricantes e de revendedores de automóveis esperam que cerca de 1 milhão de carros de passeio e comerciais leves sejam comercializados no Brasil até o fim do ano.

Essa é a quantidade necessária para que o mercado tenha um crescimento de ao menos 1% em relação a 2012.

Para que esse objetivo seja atingido, o último trimestre deste ano deverá registrar uma elevação de 6,4% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2012.
A indústria diz considerar que esse é um número possível, pois há fatores como o menor número de feriados prolongados –o que aumenta os dias de venda até o fim de 2013. Mas a grande esperança é o efeito causado pelo fim da redução do IPI.

FEIRÕES
As montadoras já preparam grandes eventos para estimular as vendas no quarto trimestre. Além dos tradicionais feirões, haverá campanhas de marketing ressaltando que o fim do desconto se aproxima. O objetivo é reverter a retração.

Segundo dados da Fenabrave (associação das concessionárias de veículos), o mercado registrou queda de 1% no acumulado do ano até o mês passado. Mesmo assim, a entidade manteve a previsão de crescimento em 1,5%.

EM QUEDA
Setembro foi o segundo mês seguido de resultado negativo no acumulado de 2013, número que reforça a ameaça de que o setor possa ter o primeiro ano de queda desde 2003.

"Olhando o ano como um todo, não temos como nos queixar. Mas é óbvio que não estamos no mesmo ritmo de meses anteriores", afirma o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti.

Executivos do setor mantêm o otimismo. "Já identificamos uma retomada em setembro, acredito que o mercado fechará 2013 com um crescimento de 1% a 2%", diz Marcos Munhoz, vice- presidente da GM do Brasil.

O segmento de ônibus e caminhões vive cenário diferente. Influenciado por taxas de juros negativas de financiamento do BNDES, o setor cresce 16,1%, com 141,9 mil unidades comercializadas entre janeiro e setembro.