Novo acesso viário ao Porto de Santos será entregue até junho

Os terminais da Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, investirão aproximadamente R$ 1,5 milhão para a construção do novo acesso viário à zona portuária. A obra, cujo custo não será ressarcido pelo poder público, é encarada pelas empresas como a única opção para conter os prejuízos acumulados há dois meses, com os constantes congestionamentos nos acessos rodoviários à região. A previsão é de que ela seja entregue até o fim de junho.
 
A Associação Comercial e Empresarial de Guarujá (Aceg) é quem está à frente do projeto, dividido em duas etapas. A primeira, que deve durar três semanas (até o fim deste mês), consiste no planejamento estrutural, na liberação ambiental e na contratação da empreiteira que fará a obra. A seguinte resume-se à execução dos trabalhos, previstos para ocorrer em até dois meses.
 
O diretor do Departamento de Portos da Aceg, Heitor Carbone Junior, explica que a decisão de realizar a obra de maneira independente partiu dos próprios terminais. “Foi a maneira mais rápida que encontramos para evitar que as empresas acumulassem mais prejuízo”.
 
A pista terá de três a quatro faixas, diferentemente do que informou a Prefeitura de Guarujá, em reportagem de A Tribuna publicada ontem. Ligando a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (principal acesso à Margem Esquerda) à Avenida Santos Dumont (onde estão os terminais), ela será uma alternativa à Rua Idalino Pinês (a Rua do Adubo), hoje a única ligação para veículos de carga entre a estrada e a avenida. E será responsável por retirar cerca de 25% do tráfego de caminhões dessa rua. A intenção é que o novo acesso seja preferencial aos caminhões que transportam granéis (líquidos e sólidos) e para os veículos que têm como destino os terminais daquele trecho.

“Apesar de provisória, será uma obra completa. Vamos trabalhar nos acessos tanto na Rodovia como na Avenida Santos Dumont”, garante Carbone Júnior. Os cerca de R$ 1,5 milhão também contemplam a construção de uma rotatória no trecho urbano (para auxiliar na divisão de tráfego) e um trevo na Cônego Domênico Rangoni (semelhante ao da Rua do Adubo), para a entrada e saída dos caminhões – já que a nova pista terá mão dupla.
 
Locação
 
Os terminais que participarão integralmente desse investimento serão conhecidos até sexta-feira. “Aguardamos somente as tratativas dadas à Prefeitura, principalmente no que diz respeito às questões ambientais”, complementa o diretor da associação comercial. O vice-prefeito de Guarujá, Duino Verri Fernandes, garantiu que os documentos estão em fase de viabilização.
 
A nova via terá 600 metros de comprimento e 50 de largura. Cerca de 40% do terreno por onde ela passará pertencem à Dow Química. O restante é de propriedade do Grupo Fassina. Ambas as empresas receberão R$ 60 mil de aluguel mensal – valor que também será custeado pelos terminais.
 
“Unimos esforços para garantir a viabilidade desse novo acesso. Entendemos que é a última alternativa rápida para solucionar a crise”, explica o diretor industrial da Dow, Diego Arango.