Indústria entrega proposta de renovação da frota ao MDIC

Com a mudança de governo, dezenove entidades da indústria e dos trabalhadores do setor automotivo entregaram mais uma vez a proposta do Programa de Sustentabilidade Veicular, que prevê a renovação da frota e o incentivo à cadeia de reciclagem de autopeças. O projeto foi entregue ao ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, que recebeu um grupo de representantes da Coalizão Empresarial em reunião realizada na quarta-feira, 21, em Brasília.
 
“O Programa de Sustentabilidade Veicular pode ser um dos vetores da retomada do crescimento do Brasil. Nosso setor tem potencial para alavancar a economia brasileira”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, que entregou pessoalmente o documento ao ministro.
 
Para Megale, além de incentivar a renovação da frota, o programa estimulará a sustentabilidade da cadeia produtiva, além de reforçar a indústria de reciclagem de autopeças, a redução da emissão de gases poluentes produzida por veículos antigos e a segurança no trânsito. “O desenvolvimento do setor automotivo também contribuirá diretamente para o crescimento econômico do País”, completou.
 
A renovação da frota veicular, que vem sendo debatida há mais de três anos – a primeira proposta foi entregue em novembro de 2013 (leia aqui), tem como objetivo promover a sustentabilidade de frota de veículos em circulação no Brasil. Segundo dados apresentados pelos representantes da Coalizão Empresarial, o setor automotivo é a maior cadeia produtiva do País, responsável por 10% do PIB e que emprega mais de 5 milhões de pessoas.
 
Na avaliação de José Roberto, representante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o Programa de Sustentabilidade Veicular deve qualificar a mão-de-obra brasileira e incentivar a geração de empregos no país. “No nosso entendimento, isso será fundamental para o sucesso do programa. Devemos estar atentos a essas questões ou continuaremos importando em grande quantidade, o que corta o número de postos de trabalho no Brasil”, afirmou.
 
Por sua vez, o ministro reiterou que o governo está empenhado em garantir a retomada do crescimento econômico, com o consequente aumento do número de postos de trabalho e da renda. “O Brasil tem pressa para voltar a crescer e o melhor programa social para o País, atualmente, é a geração de empregos”, disse.
 
Durante o Congresso Fenabrave realizado em agosto deste ano, Pereira havia afirmado que o governo pretendia colocar o programa em prática já em 2017.
 
Além de Megale, da Anfavea, participaram da reunião representantes da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares); Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários); Anip (Associação Nacional da Indústria dos Pneumáticos); CNT (Confederação Nacional do Transporte); CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos); Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus); Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores); Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores); IABR (Instituto Aço Brasil); Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários); Sindinesfa (Sindicato das empresas de Sucatas de Ferro e Aço); Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores); e Sintraut (Sindicato dos trabalhadores e instrutores em autoescolas).