Indústria de implementos rodoviários recua 40,36% no primeiro semestre

Resultado projeta pior desempenho do setor desde 2009. Mas, Anfir aposta em medidas para reanimar mercado.

A Anfir, que reúne os fabricantes de implementos rodoviários, apresentou hoje (14) o balanço do setor referente ao 1º primeiro semestre de 2015. O volume de emplacamentos apresentou uma retração de 40,36%, como resultado da produção 45.894 unidades ante 76.947 de janeiro a junho de 2014. No segmento pesado a queda com relação a 2014 é de 48,74% com 14.676 emplacamentos contra 28.633. No setor leve a retração no primeiro semestre é de 35,39% o que representa 31.218 emplacamentos ante 48.314 produtos distribuídos ao mercado de janeiro a junho de 2014.

“O resultado reflete a situação de desaquecimento geral da economia e projeta o pior resultado desde 2009, quando foram licenciados 29 mil unidades da linha pesada”, explica Alcides Braga, presidente da Anfir. Em função do resultado, Braga espera que sejam tomadas medidas para reanimar o mercado”, afirma. Na visão do dirigente, a Medida Provisória 680, do Programa de Proteção ao Emprego, é um passo importante nesse sentido. “Trata-se de uma medida que poderá contribuir para a preservação de empregos e qualidade na indústria”, avalia o presidente da Anfir.

A demissão de um funcionário qualificado, no entender da entidade, afeta a economia de forma ampla. “Menos gente empregada é menos consumo e para a indústria representa prejuízo porque todo o treinamento investido na capacitação daquele profissional é perdido”, afirma Mario Rinaldi, diretor Executivo da Anfir. “A dispensa de funcionários capacitados afeta diretamente a qualidade e a produtividade da indústria”, explica o Executivo.

Alcides Braga explicou que o setor também aposta em iniciativas como o Programa Mais Alimentos que, recentemente, passou a incluir os implementos rodoviários na linha de fomento à agricultura familiar, através de financiamentos a juros subsidiados. E, ainda, na inclusão dos associados da entidade no programa de desoneração da folha de pagamento, já aprovado pela Câmara.