Índice ABCR registra queda de 1,5% na comparação com abril de 2014

O índice ABCR de Atividade de abril registrou queda de 1,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No período, o fluxo de veículos pesados caiu 6,1% e o de veículos leves ficou praticamente estável, com crescimento de 0,1%. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

O economista da Tendências Consultoria, Rafael Bacciotti, destaca que os dados do Índice acompanham outros importantes indicadores divulgados nesta semana.

“Os dados do setor automotivo, divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) em 7 de maio, por exemplo, mostram que a produção de carros, caminhões e ônibus caiu 21,7% em abril na comparação ao mesmo mês de 2014 e em relação a março, a queda foi de 14,5%”, completa Bacciotti.

No dia 6 de maio, o IBGE divulgou nova queda da indústria, com um recuo de 0,8% em março, na comparação com fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a indústria encolheu 3,5%. Com este novo dado, o trimestre fecha com queda total de 2,4% na atividade industrial, ante os primeiros três meses do ano anterior. No que se refere à renda, os dados do primeiro trimestre de 2015 mostram que a taxa de desemprego chegou a 7,9% e o número de pessoas desempregadas aumentou 23% na comparação com o primeiro trimestre de 2014.

Na comparação de abril com o mês anterior, considerando os dados dessazonalizados, o fluxo de veículos pesados caiu 4,6% e o de leves registrou crescimento de 3,0%, resultando num índice geral positivo de 0,9%. “Para o caso de leves, apesar da puxada na margem, a tendência da série, observada pelo indicador de média móvel semestral (que suaviza as oscilações mensais), é de estabilidade – movimento que condiz com o cenário de moderação da demanda doméstica.”, explica o economista. Os dados de abril também já começam a refletir o início da isenção do pagamento de eixo suspenso para caminhões que estiverem vazios, mas nos dados do indicador ainda não é possível separar quanto desta queda se deve à isenção, especialmente considerando o cenário negativo de produção industrial. Além disso, esse é um dado que impacta as concessionárias de maneira muito diferente.

Nos últimos doze meses, o fluxo pedagiado total teve expansão de 0,1%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo pedagiado de leves registrou variação de 1,8% e o de pesados, -4,7%. No acumulado do ano (média jan-abr de 2015 ante média jan-abr de 2014), o fluxo pedagiado total apresentou uma variação de -1,6%. O fluxo pedagiado de veículos leves ficou estável enquanto o fluxo de pesados recuou 6,2%. Com informações ABCR