Índice ABCR recua 2% na comparação com maio de 2014

O índice ABCR de Atividade de maio registrou queda de 2,0%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No período, o fluxo de veículos pesados caiu 7,4% e o de veículos leves ficou estável. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.
 
“Este resultado do Índice ABCR se relaciona com a trajetória de queda da produção industrial e da renda da população”, analisa Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. “Especialmente quando olhamos os dados ano contra ano e dos últimos 12 meses, a trajetória é claramente de desaceleração”, conclui.
 
Como historicamente acontece, os dados do Índice acompanham outros importantes indicadores e conseguem antecipar resultados do PIB, produção industrial e massa salarial. “A produção industrial registrou queda de 1,2% entre abril e março e caiu 7,6% em relação a abril do ano passado. Com este resultado, a produção industrial está em retração há três meses consecutivos, acumulando queda de 6,3% no ano. E no mercado de trabalho os indicadores seguem piorando: a pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostra que a taxa de desemprego alcançou 6,4% em abril, ante 6,2% em março. Com relação a rendimento real, na comparação com abril do ano passado, a PME mostrou queda de 2,9%  Em linhas gerais, a pesquisa mostra uma deterioração mais acentuada do mercado, refletindo a importante perda de dinamismo da atividade econômica desde o ano passado, com piora adicional observada neste início de ano”, resume Bacciotti.
 
Na comparação de maio com o mês anterior, considerando os dados dessazonalizados, o Índice ABCR mostra queda de 1,2%, com queda de 1,4% no fluxo de leves e crescimento de 0,6% no movimento de veículos pesados. “Apesar da ligeira elevação no fluxo de pesados, não houve recuperação da forte queda observada no mês anterior. De fato, a tendência observada pelas outras comparações aponta continuidade de queda. ”, explica o economista.
 
Nos últimos doze meses, o fluxo pedagiado total teve queda de 0,2%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo pedagiado de leves registrou variação de 1,5% e o de pesados, de menos 5,1%. No acumulado do ano (média jan-maio de 2015 ante média jan-maio de 2014), o fluxo pedagiado total apresentou uma variação de -1,6%. O fluxo pedagiado de veículos leves ficou estável enquanto o fluxo de pesados recuou 6,5%. Com informações ABCR.
 
 

Período Leves Pesados Total
Maio/15 sobre Maio/14 0,0% -7,4% -2,0%
Maio/15 sobre Abril/15 c/ ajuste sazonal  -1,4% 0,6% -1,2%
Últimos doze meses 1,5% -5,1% -0,2%
 Acumulado no ano (Jan-Maio/15 sobre Jan-Maio/14) 0,0% -6,5%  -1,6%