Governo de SP retoma licitação do trecho norte do Rodoanel

O governo de São Paulo publicou no "Diário Oficial" do Estado desta sexta-feira a reabertura da licitação do trecho norte do Rodoanel.
 
O governo, que falava em entregar a via em 2014, último ano da gestão, agora admite que isso pode ficar para 2015. O atraso é decorrência de suspensões da licitação das obras pelos tribunais de contas da União e do Estado.
 
Questionamentos ao edital adiaram em quatro meses o desfecho da licitação, liberada pelo TCU em fevereiro. A obra, estimada em R$ 6,5 bilhões, terá verba do Estado, União e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
 
De acordo com "Diário Oficial", a Dersa (estatal responsável pela obra) vai receber a documentação prevista no edital de pré-qualificação para a contratação das obras no dia 15 de maio, até as 14h.
 
Esta etapa, anterior ao lançamento do edital das obras, as empresas interessadas têm de provar qualificação técnica e financeira para a execução do serviço.
 
O trecho norte ligará o trecho oeste à via Dutra, com acesso ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O traçado, que margeia a serra da Cantareira, terá de três a quatro faixas por sentido, sete túneis e 111 pontes e viadutos.
 
A expectativa é que ela receba 65 mil veículos por dia, sendo 17 mil caminhões retirados da marginal Tietê.
 
O trecho norte deverá ser o último a ser construído, completando o anel rodoviário de 178 km em torno da Grande São Paulo.
 
O governo desistiu do acesso ao Rodoanel pela avenida Inajar de Souza (zona norte). A prefeitura temia adensamento populacional, danos ambientais e impacto negativo na marginal Tietê.
 
Desapropriação  
 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou no fim de março decretos para desapropriar cerca de 2.500 imóveis localizados no percurso do trecho norte.
 
A área, equivalente a 1.400 campos de futebol como o do Pacaembu, engloba uma faixa de 130 m, em média, ao longo de 47,4 km de rodovia.
 
Laurence Casagrande Lourenço, diretor-presidente da Dersa, diz que as desapropriações ocorrerão até 2014. A maioria dos imóveis é de terrenos urbanos, mas há propriedades rurais e casas.

6/4/2012