Fabricantes de caminhões preveem reação em 2013

Fabricantes de caminhões projetam para 2013 o início de uma recuperação das vendas, após o mercado ser abalado, neste ano, tanto pela transição de tecnologias de motor – com vista à nova lei de emissões – quanto pela desaceleração da economia, sobretudo na indústria. A expectativa é que o cenário comece a melhorar no último trimestre, refletindo as medidas de apoio do governo, como a redução dos juros nos financiamentos de bens de capital para o patamar de 2,5% ao ano.
 
"Teremos um fim de ano melhor e vamos entrar bem em 2013", disse Marco Mazzu, presidente da Iveco na América Latina, em congresso sobre a indústria automobilística organizado pela Autodata. Ele espera que as vendas aumentem quase 10% em 2013, na cola do crescimento econômico e de investimentos em infraestrutura.
 
Roberto Cortes, presidente da MAN, líder de mercado com a marca Volkswagen, diz que, mantidos os estímulos governamentais, 2013 poderá repetir o desempenho de 2010, quando 157,7 mil caminhões foram licenciados. Em 2012, a expectativa da MAN é que as vendas da indústria fiquem na faixa de 130 mil a 140 mil unidades, bem abaixo dos quase 173 mil caminhões emplacados em 2011.
 
A Anfavea, que abriga as montadoras instaladas no país, ainda não divulgou suas previsões para 2013, mas seu presidente, Cledorvino Belini, adiantou que o mercado de veículos – incluindo carros de passeio e utilitários – deve acompanhar de perto a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), estimada entre 3% e 4%. O consenso na indústria é que 2013 será um ano de transição, com introdução das novas regras do regime automotivo. Segundo Belini, nem todas as montadoras estão preparadas para atender aos níveis de conteúdo local do programa. Ele afirmou que os preços continuarão regulados pelo mercado. (EL)