Em local estratégico, Porto de Santos ainda pode crescer

O maior da América Latina. Assim é intitulado o Porto de Santos. O complexo é a principal válvula de escape do País para os mercados nacional e internacional. E diversos motivos o transformaram em local estratégico para o Brasil. 
 
Há pontos necessários para que um porto consiga funcionar e crescer. Entre eles, estão os acessos aquaviários (entrada e saída para os navios) e acessos internos. Por estar na Região Sudeste e perto do principal centro comercial do Brasil – São Paulo –, o complexo está em um local estratégico para o escoamento das cargas. Entre os acessos para chegar ao Porto de Santos, há três opções, que são os modais ferroviário, rodoviário e dutoviário (por dutos).
 
Além disso o Porto de Santos fica em uma área abrigada, onde os pontos de atracação estão no interior do canal, e seguro da força das marés, que poderia atrapalhar o descarregamento dos navios.
 
“Pelo aspecto físico, ele está protegido da força da natureza e é um local abrigado, o que é importante, e também está em uma região com força comercial. Então, o Porto de Santos atende uma região bem desenvolvida, o Sudeste, além de receber uma produção grande do Centro-Oeste”, afirma Jeová Alves Araújo, coordenador do curso de Engenharia Portuária da Universidade Católica de Santos (UniSantos).
 
O espaço disponível também é uma característica que faz com que o complexo santista continue crescendo. O Porto de Santos é um dos poucos no País que trabalham com todos os tipos de carga, de granéis – sólidos ou líquidos, vegetais ou químicos – a contêineres, passando pelas cargas gerais, cargas de projeto e veículos. O cais santista conta com terminais especializados nos mais variados tipos de mercadorias.
 
Mas nada disso funcionaria se não fosse pelo fluxo de navios no complexo. Com linhas de navegação nacionais e internacionais que passam com frequência pelo canal do Porto, Santos se tornou o principal local de escoamento de cargas por via marítima da América Latina.
 
O Porto de Santos reúne características que o fizeram, com o tempo, se transformar no maior da América Latina. E ainda com potencial de crescimento, pois estão sendo feitos investimentos em novos terminais, na dragagem do canal (para receber navios de maior porte) e em novos acessos e espaços para agilizar as operações e movimentar mais cargas no complexo.