Duplicação da Tamoios completa seis meses com novas faixas

Dois quilômetros de pista foram criados durante os seis meses da obra de duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios (SP-99), principal acesso ao Litoral Norte de São Paulo. Os serviços vão custar cerca de R$ 560 milhões aos cofres do Estado. A previsão é que até dezembro 20% do valor total previsto já tenha sido repassado ao consórcio que faz o trabalho.
 
Balanço divulgado nesta sexta-feira (9) a pedido do G1 mostra que 30 dos 49 quilômetros que serão duplicados já sofreram alguma intervenção, como detonação de rochas, escavação ou limpeza – sendo que dois já receberam a primeira camada de asfalto.
 
A obra, que completa seis meses no próximo dia 16, segue em andamento sem que todas as desapropriações necessárias tenham sido realizadas. Segundo o Estado, faltam 40 desapropriações o que representa 20% do total previsto.
 
Laurence Casagrande Lourenço, presidente da Dersa, afirmou ao G1 que mesmo assim a previsão de que os serviços sejam concluídos em dezembro de 2013 está mantida, apesar da greve de 18 dias deflagrada pelos trabalhadores. "O impacto [da greve] é passível de recuperação ao longo dos próximos 14 meses", disse Lourenço.

Temporada
Quem passa pela Tamoios vê que a pista se transformou em um grande canteiro de obras. São 400 caminhões e mais de 1.500 homens trabalhando na via. Os serviços são realizados 24 horas por dia e não serão reduzidos ao longo da temporada.
 
A orientação, do próprio Estado, é que os 16,5 mil motoristas que passam pela rodovia diariamente, tentem pegar acessos alternativos. “Uma alternativa é utilizar outras vias que ligam o planalto à região do litoral como a Mogi-Bertioga e a Oswaldo Cruz. São opções interessantes e viáveis que o motorista deve fazer uma reflexão sobre seu uso. A Tamoios está em obra, tem capacidade reduzida e o motorista que utilizar a Tamoios deve estar prevenido a encontrar congestionamento e encontrar dificuldades nesse período de temporada”, afirmou Lourenço.
 
Serra
A duplicação do trecho de serra ainda não tem previsão de ser iniciada. O Estado espera conseguir em abril de 2013 a licença ambiental para executar os serviços e definir até junho de que forma a obra será custeada.
 
“Essa decisão vai ser feita com o avanço do processo de licenciamento ambiental e aí dará início a mobilização para a conclusão dos últimos 22 quilômetros que faltam, que é o trecho de serra. Que também é o mais difícil”, disse. Lourenço disse ainda que a Dersa recebeu propostas de 25 empresas interessadas em realizar as obras do contorno Norte e Sul – que vão ligar o trecho final da Tamoios a Ubatuba e São Sebastião.