Duas filas para caminhões serão implantadas na Cônego

Devido aos seguidos congestionamentos na rodovia Cônego Domênico Rangoni, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) se reuniu na nesta quarta-feira (20) para discutir as medidas que serão tomadas para melhorar o tráfego na rodovia.
 
Durante a reunião, uma das decisões tomadas foi a de colocar duas filas de caminhões na rodovia. Uma das filas será para os caminhões que carregam granéis e outra para os de contêineres. Essa medida entra em vigor no próximo fim de semana. Além disso, será montada uma força tarefa para identificar os caminhões que estão chegando. Aqueles que não tiverem agendamento para descarregar ou carregar não serão autorizados a entrar em Guarujá, no litoral de São Paulo.
 
Segundo o presidente do CAP Bechara Abdalla Pestana Neves, apenas essas providências não poderão aliviar o trânsito na rodovia.  “Só isso não basta, na realidade o CAP vem trabalhando na articulação de todos os entes para ter a solução definitiva desse problema. No caso da margem a esquerda, além das providências que você citou, nós também solicitamos da prefeitura de Guarujá o estudo imediato de um novo acesso para rua Santos Dumont. Além disso, amanhã teremos uma reunião com todos os terminais da margem esquerda, onde, de acordo com informações da Autoridade Portuária, há terminais que não estão entrando no gerenciamento do agendamento das cargas que chegam”, explica.
 
Bechara ainda conta que o terminal da Antaq, que não está fazendo o agendamento correto será obrigado a fazê-lo. “Nós estamos convocando esse terminal, como todos os demais, para obrigá-lo a entrar. Temos instrumentos para isso, embora ele não seja regularmente licenciado junto à Autoridade Portuária local, mas ele está com a autorização e para isso, a Codesp já está em tratativas com a Antaq, no sentido de levantar todos os itens para que a efetiva implementação seja realizada”, diz.
 
Prejuízo
Os congestionamentos de caminhões nas rodovias que dão acesso ao litoral de São Paulo estão causando enormes problemas financeiros e logísticos para o Porto de Santos, o maior da América Latina. Segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), o prejuízo já chega a R$ 115 milhões somente para os agentes marítimos. Além disso, exportadores, importadores, terminais portuários e a população estão sofrendo com o congestionamento nas estradas.

Se há congestionamento, os caminhões ficam retidos na estrada e não têm acesso ao terminal portuário. Assim, o caminhão demora em chegar ao cais e a rotatividade no Porto de Santos é afetada. Há atraso para carregar e descarregar mercadoria no período da super safra de grãos, gerando prejuízos econômicos. Segundo José Roque, presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo, os agentes associados fizeram uma estimativa otimista e calcularam que já tiveram um prejuízo de US$ 57 milhões dólares, cerca de R$ 115 milhões. Sem contar o prejuízo por parte dos exportadores, importadores e os terminais portuários.