Desoneração da folha indica reforma trabalhista.

O economista da USP e especialista em relações do trabalho, José Pastore, disse que a desoneração da folha de pagamento indica que o governo poderá promover a reforma trabalhista em breve. Pastore falou durante a reunião do Conselho de Economia da Fecomércio-SP, sobre o tema “O Brasil está crescendo? Como ficará a economia após o pacote de estímulo do governo?”.
 
Na avaliação do economista, com a desoneração o custo sobre a folha de pagamento de alguns setores caiu de 102% para 79%. Para ele, essa medida deveria ser estendida a todos os setores da economia. Ele diz que uma reforma trabalhista se faz necessária e urgente, pois o custo do trabalho no Brasil tem crescido acima da produtividade.  

Como exemplo, citou que, entre 2008 e 2011, o salário médio da indústria de transformação cresceu 25% acima da inflação e 150% em dólar, enquanto o salário médio de outros setores cresceu 12,4% e a produtividade nem chegou a se expandir nesse período.
 
Ainda de acordo com Pastore, ao desonerar a folha de pagamento, o PT reconheceu que os elevados encargos sobre a folha de pagamento são um dos principais entraves à atividade industrial e ao crescimento econômico (AE). 

20/4/2012