Contêiner, o trunfo para agilizar o processo logístico

Com o passar dos anos, o transporte de mercadorias ocorre de forma cada vez mais rápida. Para que essa evolução acontecesse, a criação do contêiner foi de suma importância, mudando o acondicionamento e a movimentação de cargas. Este equipamento padronizou as medidas de transportes e facilitou a operação de produtos em todos os modais.
 
No começo do transporte marítimo, as cargas eram movimentadas de diversas maneiras, com medidas variando a cada região. Pensando em agilizar o processo logístico, o americano Malcom McLean, motorista e dono de uma pequena empresa de caminhões, observou as operações no Porto de Nova Iorque e, em 1937, pensou em transportar aquelas mercadorias em grandes caixas de aço. Assim surgiu o contêiner.
 
McLean aprimorou os métodos de trabalho e expandiu sua companhia, a Sea Land Service, comprando 37 navios adaptados para o transporte de contêineres. Com isso se tronou um dos pioneiros no transporte intermodal de cargas.
 
Porém com a chegada da Segunda Guerra Mundial (1939 -1945), suas tentativas foram prejudicadas. A primeira experiência na área internacional, aconteceu em 1966, quando McLean enviou um navio com seus contêineres para o maior porto da época, Roterdã, nos Países Baixos. O desembarque ocorreu com um guindaste criado pelo próprio McLean, já que os estivadores não tinham experiência com este tipo de transporte. Essa nova maneira de movimentação de cargas agilizou e diminuiu os custos de embarque e desembarque, além de evitar quebras, deteriorações e desvios de mercadoria, o que acontecia frequentemente.
 
Atualmente, o padrão de tamanho de um contêiner adotado é de 20 ou 40 pés. Existem diversas configurações de contêiner, que variam conforme as cargas em seu interior. Entre eles, está o dry box (tradicional), o open top (aberto na parte superior), os refrigerados (Reefer), os High Cube (um pouco mais altos), os tanques e os configurados para levar carros e animais.
 
No Porto de Santos, as operações deste tipo começaram na década de 60. Mas foi em 1980 que a atividade foi impulsionada, com inauguração do Terminal de Contêineres (Tecon), na Margem Esquerda (Guarujá). Atualmente, o complexo santista conta com outros cinco terminais especializados – os da Libra Terminais, o Ecoporto, o da Rodrimar, o da Brasil Terminal Portuário (BTP) e o da Embraport.