Consumo de combustíveis cresce 5,6% em 2014, diz Sindicom

O consumo de combustíveis no Brasil em 2014 deve crescer 5,6 por cento ante 2013, para 132,865 bilhões de litros, previu nesta terça-feira o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).
 
O bom desempenho, segundo o Sindicom, foi puxado pela demanda por etanol hidratado, que deve subir 10,4 por cento neste ano, em meio à desoneração do PIS/Cofins na distribuição do produto, que aumentou a competitividade das empresas que antes pagavam corretamente o tributo.
 
"O mercado de etanol hidratado ainda é poluído por algum tipo de fraude", denunciou o presidente do Sindicom, Alisio Vaz, em entrevista a jornalistas.
 
Vaz afirmou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem buscando eliminar esse problema, que já foi bastante minimizado neste ano.
 
 
Diesel e Gasolina
 

De acordo com Sindicom, o consumo de diesel –principal combustível consumido no Brasil– deve aumentar 2,4 por cento na mesma comparação, para 59,887 bilhões de litros, enquanto o de gasolina C (com mistura de etanol anidro) avançará 7,1 por cento, para 44,314 bilhões de litros.
 
O presidente do Sindicom explicou que, embora o diesel apresente um percentual de crescimento aparentemente pequeno, ainda está muito acima do Produto Interno Bruto (PIB).
 
O consumo do combustível, de acordo com Vaz, é sustentado pelas atividades agrícolas e de mineração, que utilizam o diesel intensamente.
 
"O que sustenta o nosso PIB ainda é a área de commodities", afirmou Vaz.
 
Ele ponderou ainda que o consumo do diesel para a geração de energia por usinas termelétricas também é alto, mas já vinha elevado ao longo de 2013.
 
Já a gasolina C ainda é impulsionada pelo crescimento da frota de veículos leves, que deve ser de 2,8 por cento entre 2013 e 2014, para 35,2 milhões de unidades, segundo cálculos do Sindicom, com dados da ANP e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
 
As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste são as regiões que mais contribuem com o crescimento da gasolina.
 
O Sindicom também calculou crescimento de 3,5 por cento do consumo de combustíveis aviação no Brasil, entre 2013 e 2014, e de 26,7 por cento do consumo do óleo combustível.