Cobrança por eixo suspenso ainda não tem data prevista, diz agência

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou nesta segunda-feira (1º) que ainda não tem previsão para início da cobrança da taxa de pedágio considerando os chamados "eixos suspensos" dos caminhões.
"A cobrança por eixo suspenso não foi  cancelada. A cobrança apenas não foi implementada pois ainda depende da conclusão de medidas jurídicas e técnicas para ser efetivada. Não há previsão para conclusão dessas medidas", informou em nota.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a suspensão do reajuste dos pedágios nas rodovias estaduais beneficiou a todos, inclusive caminhoneiros que trafegam com eixo suspenso.  Ao anunciar na segunda-feira (24) que os pedágios não seriam reajustados, Alckmin autorizou, entre outras medidas, que a cobrança da taxa passe a considerar também o conjunto de rodas que os caminhonheiros levantam para não tocar o chão, normalmente quando o veículo está vazio.

A medida entrou na lista de reclamações de caminhoneiros que protestam nas estradas do estado. Desde a manhã desta segunda, protestos de motoristas de veículos pesados contra o preço da tarifa dos pedágios causavam lentidão nas rodovias Castello Branco, Anchieta e no acesso ao Porto de Santos.
 
“Essa manifestação envolve pedágio, valor do diesel, acesso às cidades, um conjunto de fatores", disse o governador durante evento do Metrô na região do Campo Belo, Zona Sul da capital. “No nosso caso, nós suprimimos um reajuste que ia ser de 6,5%. A maioria dos caminhões não tem um eixo suspenso, deixou de ter reajuste de 6,5%. Quem tem o eixo suspenso deixou de ter um reajuste de 3,5%. Todos foram beneficiados."
 
A suspensão do reajuste foi anunciada na semana passada. Atualmente, 19 concessionárias administram 16 mil km de rodovias paulistas. O reajuste do valor da travessia de lanchas e da balsa do trecho Santos-Guarujá, na Baixada Santista, também foi suspenso. Segundo o governador, a decisão foi tomada após dois anos e meio de um trabalho do governo estadual em torno dos contratos de concessão de longo prazo.

Alckmin tentou minimizar os protestos. "Nós estamos conversando com as entidades dos sindicatos, aliás é uma área pequena dos sindicatos, quase nenhum deles não fez nenhuma manifestação, mas acho que já está resolvendo.” Mesmo assim, ele disse que o governo está aberto para conversar sobre a cobrança de pedágio pelo total de eixos dos veículos.