ANP prevê dobrar produção de óleo até 2025

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) trabalha com prazos mais longos para que o País alcance a meta de dobrar a produção total de petróleo, e também o volume de reservas provadas. A previsão atual é que a meta seja atingida entre 2023 e 2025, segundo o diretor Waldyr Barroso. Antes, a meta divulgada pela agência era 2020.
"Fazemos a previsão em função dos planos de produção que as concessionárias nos enviam. A agência faz uma análise desses dados para divulgar sua estimativa anual", informou o diretor, após sua participação na Argus Oil Conference, no Rio.
 
Atualmente, o País conta com 16,2 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas provadas e uma produção diária de 2,2 milhões de barris, segundo os dados da apresentação. "A expectativa de dobrar produção e reservas até 2025", reforçou o diretor durante a conferência.
 
Barroso também informou que a agência reguladora já foi procurada informalmente por 12 empresas interessadas em participar da 13ª Rodada de Licitações, marcada para o dia 7 de outubro. Serão ofertados 185 blocos on shore e 84 blocos offshore em 22 bacias sedimentares no País. "No dia seguinte ao detalhamento da oferta, na OTC, já recebemos procura o que indica um grande interesse no leilão", afirmou Barroso.
 
Ainda de acordo com o diretor, atualmente a ANP realiza estudos nas bacias sedimentares sobre a extração de gases não convencionais. Para Barroso, entretanto, há "janelas de pressão estreitas" para esse tipo de operação no País. "Estamos estudando geologia de bacias sedimentares para ter conhecimento, mas isso não significa que vamos ter exploração de gases não convencionais. Há janelas de pressão estreitas para operação, como externalidades ambientais, características sociais e impactos locais, além da logística", completou.