RJ-104: Rodovia Amaral Peixoto vai receber R$ 180 milhões

Ao mesmo tempo em que um novo impasse surge no projeto de duplicação da Avenida do Contorno (BR-101), o governo do estado põe a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104) entre as prioridades viárias da Região Metropolitana, que passa por Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Uma missão do estado discutiu, na semana passada, com representantes do Banco Mundial a abertura de financiamento para investimentos na via, que está entre as três rodoviais estaduais mais violentas do Rio. No ano passado, até novembro, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) registrou 909 acidentes, com 16 mortos e 164 feridos.
 
Nas próximas semanas, o governo estadual assina o financiamento de R$ 1,8 milhão para a realização do Termo de Referência que apontará as prioridades do projeto de remodelação da via, estimado em R$ 180 milhões.
 
Para o presidente do DER, Henrique Ribeiro, qualquer tipo de investimento na rodovia tem que estar em sintonia com as mudanças propostas pelo governo na região, como a Linha 3 do Metrô, cujas obras encontram dificuldades de liberação em Brasília, no Tribunal de Contas da União (TCU).
 
— Não basta fazer investimentos se eles não estiverem alinhados com outras iniciativas do estado. Não queremos mais uma reforma de pistas. Esse projeto tem prioridade porque vai mudar a forma com que o fluxo do estado interage com a RJ-104.
 
O DER confirmou que vai haver investimentos para usuários de transporte público e pedestres. Segundo Ribeiro, toda a iluminação da pista já foi trocada e estudos estão sendo feitos para instalação de outras passarelas.
 
Enquanto o governo prepara mudanças na RJ-104, um novo impasse pode atrasar o processo de duplicação da Avenida do Contorno (BR-101). O gabinete do prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT) encaminhou um ofício à Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT) informando que só vai liberar o terreno do Cemitério Maruí depois que o dinheiro da emenda parlamentar do deputado federal Chico D’Angelo (PT), de R$ 1,5 milhão, cair na conta dos cofres municipais. A emenda vai compensar parte da transação em troca de a duplicação não afetar as áreas dos estaleiros.
 
— A prefeitura coloca em risco a solução já acertada. Dificilmente a ANTT vai esperar para começar a obra. — afirma o ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco.
 
A prefeitura informou que o combinado é que a partir da liberação da verba, a obra seja realizada.
 
12/2/2012